PORQUE SERÁ?


“Você aprende a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você... o segredo é não correr atrás das borboletas, é cuidar do jardim para que elas venham até você... no final das contas, você vai achar não quem você estava procurando, mas quem estava procurando você” (Mario Quintana).

1º TEMPO:
Carla conheceu Osvaldo num restaurante dançante. Era festa de aniversário de amigo de ambos e após as apresentações dançaram juntos diversas musicas. Beberam, comeram e após se divertirem muito trocaram o número do telefone. Nasceu uma forte amizade a ponto de se encontrarem muitas vezes. Aos olhos dos outros pareciam que namoravam, mas eram só amigos. Daquelas amizades sinceras, puras, de se completarem um ao outro, de se entenderem apenas com o olhar, de adivinharem pensamentos um do outro de tal forma que junto com a confiança a liberdade também cresceu. Não uma liberdade libertina, mas respeitosa, daquela de confiarem seus segredos. Osvaldo tinha uma moto e como todo motoqueiro da época sua paixão por roupas de couro era enorme. Havia um casaco que era seu objeto do desejo e só não o comprava porque não tinha credito. Como comprovar salário se era mecânico e trabalhava informalmente? Carla prontificou-se a comprá-lo e ele a pagar as prestações. Com o casaco na mão, três dias depois, sumiu. Desapareceu. Evaporou-se e sua família junto. Osvaldo? Ninguém sabe e ninguém viu, mas tudo bem. É claro que a decepção foi grande, pois ela se sentiu usada, traída, só que, a grande verdade é que ela foi feliz ao seu lado e a recordação da felicidade compensou todo e qualquer prejuízo.
2º TEMPO:    
Após três anos, a confraternização de natal da empresa em que ela trabalhava aconteceu numa chácara, alugada para este fim, situada não muito longe de uma cidadezinha do interior. No meio da alegria da festa, doze bandidos armados renderam o pessoal para o assalto e a levaram como refém abandonando-a sem dinheiro e sem documento num local ermo de cidade vizinha. Desesperada, cansada, com fome e com frio, perambulou pelas ruas até esgotar suas forças. Sentou encostando-se numa parede e adormeceu. De manhã foi acordada por uma alma caridosa, moradora da casa cuja parede a abrigara e que a chamaremos, já que todos os nomes são fictícios, de Lucia. Pois bem, inteirada do ocorrido acolheu-a com banho, roupas e um café da manhã reforçado fazendo-a esperar até o almoço, pois quando o chefe da casa, seu marido, chegasse do trabalho para almoçar, com certeza ele resolveria tal problema da volta ao lar, inclusive à delegacia se preciso fosse, coisa que Carla decidiu fazer onde morava. Quando o esperado chegou, Carla sentiu seu ser (corpo, alma, coração, pernas, tudo) estremecer e Osvaldo ao avistá-la conversando com sua esposa na sala de visitas, sentiu o mesmo mal estar. Depois de refeitos e com as devidas explicações, Carla ficou sabendo que o mesmo tivera que fugir devido ao seu pai ter se envolvido, ou melhor, enfrentado “bandido da pesada” que juraram vingança. Foi nessa fuga que conheceu Lucia, amiga de amigos da família, cuja bondade o cativara a ponto de tomá-la como esposa.
 3º TEMPO:
Para finalizar, pois o espaço é pequeno e não dá para contá-la como merece ser contada, diremos que a amizade entre eles fortaleceu-se no respeito e na irmandade e que após trinta e oito anos, com os dois viúvos, ele com 66 anos e ela com 61, Osvaldo e Carla casaram-se realizando o sonho iniciado no começo de nossa reflexão.
CONCLUINDO:
Sabemos que cada vida é uma historia, mas o que podemos concluir desta que foi contada? Ela é verdadeira. Claro que a estamos contando a nosso modo, mas aconteceu mesmo e não foi em nenhum jardim de borboletas e nem com nenhum amor egoísta. Simplesmente aconteceu... Aconteceu?... Porque será?    
                                                                            MUITA PAZ!

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