INFERNO OU UMBRAL?
A diferença entre inferno e umbral é que na crença do inferno é ensinado que as penas são eternas, isto é, não tem como se reconciliar com Deus e no umbral há sempre oportunidades de reconciliação, o que nos mostra um Pai extremamente misericordioso. Nos dois casos o sofrimento é implacável a tal ponto que o sofredor, de tão agoniado, pensa que está no inferno, mas que na verdade, o suplicio é conseqüência de suas próprias faltas, mas que basta querer para a ajuda aparecer. Isto quer dizer que enquanto no inferno a “dor” não tem cura, no umbral, segundo a própria afirmação do Cristo de que nenhuma ovelha do Pai se perderá, as chances de recuperação do pecador são inúmeras.
Em outras palavras dizemos que no inferno a condenação é sem volta e no umbral isto acontecerá enquanto ele tentar se esconder dele mesmo só até o dia em que ele se encontrar e buscar sair daquela situação, pois, sempre tem alguém, em espera, para ajudá-lo a vencer a si mesmo.
Temos vários ensinamentos de Jesus que nos explicam a situação daqueles que se lançam nos caminhos do erro e que se arrependem. São Dele os ensinamentos de que Deus não dá uma pedra para quem lhe pede pão e nem uma serpente para quem lhe pede um peixe. Também foi afirmado que toda oração será ouvida e que todo pedido será atendido na frase evangélica de que “o que pede recebe; ao que bate se abrirá, e, o que procurar, encontrará”. É certo que quando se pede tem que se estar receptivo para receber, pois, se não, nada acontecerá.
Nas situações em que vivemos, o passado é lenha calcinada e o futuro promessa de combustão, porque, normalmente o gérmen do aprender demais o que devia ignorar e o aprender de menos aquilo que deveria aprender demais estão presentes na índole humana e, quando encontra campo propicio para germinar, a pessoa entra para o dolo, para a mentira, para a inveja, se tornando maldizente, intrigante, imprudente e corruptível, visto que a loucura da vaidade e do orgulho passa a imperar em sua vida.
Aprendemos com a espiritualidade que o bem não pode ser praticado na “base de troca” porque nesse caso o interesse falará mais alto e, infelizmente, é o que mais vemos por aí. O “toma lá dá cá” se movimenta por demais entre alguns religiosos que se apegam à perenidade do inferno. Ora, não há como negar que a popularidade extrema serve de pedestal para o orgulho e a vaidade, mas, sabe-se que também a impopularidade excessiva tem o mesmo efeito já que o orgulho é rebaixado ao extremo despertando o desejo de ser levantado o que atiça o narcisismo, impele para o ego inflado e enlouquece a influencia, da e pela vaidade.
Conta-nos que quando Jesus andava no mundo após o advento cristão, encontrou muitos lideres religiosos que se diziam obedientes à palavra do Senhor, mas que na verdade e devido ao fanatismo, terminaram se transformando em carrascos impiedosos daqueles que se afastaram da lei. Aconteceu que em sua passagem por uma igreja, ao tentar adentrá-la, viu o líder enxotar um maltrapilho, impedindo-o de entrar no templo. Indignado, o enxotado começou a rezar em voz alta: “Jesus! Escuta-me! Não me deixam entrar em tua casa. Dizem que não sou digno para isso.”
Jesus aproximou-se, abraçou o homem e disse-lhe: “Não se preocupe, meu filho. Eu também estou do lado de fora desta casa. Estou junto daqueles com quem sempre estive que são os necessitados como você e que desejam entrar no meu reino através do arrependimento, independente do local onde moram. Mesmo aquele que estiver morto, ao sentir meu amor, reviverá. Seja bem-vindo à casa de nosso Pai que a todos abriga sem distinção.”
As igrejas que se preocupam em determinar os salvos e condenados são as que mais promovem a crença no inferno, sendo que, o único sistema que explica satisfatoriamente que a felicidade só é diferente na fonética e que ela é igual no sentimento em todos os idiomas, e que está ao alcance de todos aqueles que a buscam, é o entendimento da atuação do umbral no Espírito sofredor, já que foi comprovado que a dor é o buril da alma e que é a consciência que cria seu inferno, umbral ou paraíso.
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