VIDENTE, PROFETA E MÉDIUM. HÁ DIFERENÇA?

 
“Antigamente, em Israel, (por favor, leia este trecho com atenção) quando alguém ia consultar a Deus dizia: “vamos ao vidente”, porque em vez de profeta, como hoje se diz, dizia-se vidente” (1 Samuel 9:9).

Antes de continuarmos tentemos decifrar a palavra profeta: Do grego prophétes, tem o prefixo “pró” que significa “por” e “phetes” que é o mesmo que “falar” assim, significa no geral, “inspiração divina” ou “falar por Deus”. Como naquela época, por causa das durezas de coração daquele povo tribal, rude e guerreiro foi necessário certo subterfúgio para fazer prevalecer as leis morais (divinas) pode-se entender que profeta é o mesmo que intermediário entre os mundos visível (físico) e invisível (espiritual).

Pois bem, e médium? Também significa intermediário! Só que atualmente, com o entendimento que já temos, sabemos que não era Deus quem falava através dos profetas, mas e sim, espíritos que se manifestavam “mediunicamente” através dos “médiuns” daquela época. Assim sendo, o que antigamente se alterou de vidente para profeta, hoje, chama-se, acertadamente, médium.

São normais estas variações de palavras devido à própria evolução linguística de cada povo influenciada nas traduções desde que o “principio do que se quer dizer” continue inalterável. O que não se pode aceitar é o que li, ou melhor, o que vi em algumas “bíblias” (principalmente nas das Testemunhas de Jeová) o termo “feiticeiro” ser associado à palavra médium, o que deturpou conscientemente e interessadamente, aquilo que o tradutor se propôs a traduzir, porque, a mediunidade pertence a toda humanidade sem distinção de raça ou credo filosófico (ai está a intuição, que é uma variação mediúnica, para provar o que digo), e assim, portanto, ela pode estar manifesta em qualquer tempo e local. Dessa forma e salvo melhor argumento, posso afirmar que a mediunidade está ativa tanto nos “centros, terreiros, igrejas, templos, lojas” e em qualquer lugar ou congregação religiosa ou não.

Ora, diante do fato exposto, o que impede dos líderes religiosos de hoje (Pastores, Padres e etc.) estarem manifestados mediunicamente em suas pregações? Porém, é sabido que boas intenções atraem bons espíritos e que os maus pensamentos atraem os de má índole, então, a frase “diga-me o que pensas que te direi quem te acompanha” responde ao que queremos dizer. Por outro lado, não foi o Apostolo João que nos aconselhou para não acreditarmos em todos os Espíritos sem antes os provarmos se são de Deus? E o que isso significa senão que a manifestação espiritual existiu e ainda existe? Então...

Já imaginou se traduzíssemos colossal, que vem de Coliseu (tinha 150 m de comprimento e 157 m de largura e cabia 87mil pessoas) para Pacaembu? Ou que Demeter, deusa grega das sementeiras, cujo sincretismo é com a deusa romana Ceres (daí cereal) fosse alterada para legumes? Ou mesmo Filadélfia que significa “amor fraternal” fosse transformado em amor universal?

Sabemos que (Hermes) Trimegistro significa “três vezes máximo” e que é a designação grega do deus egípcio Tot, considerado o inventor das ciências e que Epicuro foi o filosofo grego que ensinava o bem viver mediante o mínimo de dores e o máximo de prazeres no sentido espiritual (hoje, epicurista é aquele que desfruta prazeres grosseiros), como poderíamos desvirtuar o ensinamento a esse respeito de acordo com nossos interesses? Não faltaríamos com a verdade?            

Em síntese, tu és médium e independente de tua religião porque estás sempre em contato com outras consciências, encarnadas ou desencarnadas, da esfera em que atuas. PENSE NISTO!

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