LUTA INTIMA

 A diversidade das interpretações do Torá gerou a teoria dos códigos a serem decodificados e desvendados e as decodificações trouxeram outras diversidades formando novas escolas cabalísticas com cada qual ensinando seu entendimento. O mesmo se dá com a Bíblia cujo Antigo Testamento é formado com o Pentateuco, isto é, o Torá, pois, o Novo Testamento, que perfaz a Bíblia Cristã, gerou diversos ramos de cristianismo, cada um com suas igrejas e cada qual transmitindo seu entendimento. Nesta diversidade, em ambos os casos, mesmo que divergentes entre si, todas convergem para um ponto inicial de moral divina e que se sintetiza no amor a Deus e ao próximo. Isto se dá porque a maioria dos seres humanos, de todas as épocas, tem o costume de assumir as vitorias e transferir a responsabilidade das derrotas para ombros alheios; costuma esconder-se onde sempre tem alguém que o observa, mesmo que ele não o saiba. Estes tipos de humanos alegam que estão cansados de viver, mas não querem morrer; eles têm medo do estupendo, do misterioso e do insondável e estão sempre atrás do sobrenatural; desejam ardentemente a felicidade, mas, agem como se ela não existisse. Entristecem-se e queixam-se pavorosamente e vivem egoisticamente; buscam sempre a aprovação alheia e não se preocupam com sua renovação íntima. Todos dispõem de suficiente poder para conseguir o que desejam, mas, somente alguns alcançam o objetivo e a maioria dos que conseguiram são esmagadas pelo que conquistaram. São tão acomodados que alem de abrirem as portas, com estas atitudes, para serem subjugados tanto pelos desencarnados como pelos encarnados, terceirizam suas conversas com Deus, pois os pedidos de “ore por mim” chovem torrencialmente nos ouvidos (e bolsos) de muitos lideres religiosos. Não se conectam com o infinito e com isso não respeitam a própria espiritualidade. Para estes, o próximo nunca está tão próximo e por isso não o ajudam, e, quando o necessitado está ao seu lado, não encontram tempo suficiente para a caridade já que confiam desconfiando de tudo e de todos.

A confiança da vida vem com o tempo e o segredo é que a mudança interior vai amadurecendo com a necessidade do evoluir moralmente e isso não é difícil de entender, pois o que muda não é o mundo, mas sim, o modo de se ver este mundo.
  Como se percebe, o interesse próprio se intromete nas adversidades naturais formando núcleos sociais e religiosos para atender às necessidades egoísticas de alguns liderados que se afinam com seus lideres. Vejamos alguns exemplos: A “Família Manson” queria criar uma guerra apocalíptica entre negros e brancos esfaqueando a atriz Sharon Tate em 1969; Jim Jones, em Jonestown, ordenou o suicídio coletivo de todos os seus fieis (918 pessoas) na Guiana (18/11/1979); O Reverendo Moon, da “Igreja da Unificação”, pregando a segunda vinda do Cristo, tomou para si a missão de terminar seu trabalho. Morreu sem casar tentando salvar a alma e não o corpo (conforme ele), só que, formou um conglomerado financeiro para sua igreja com hotéis, grupos de imprensa, fabrica de automóveis, armas e remédios, angariando uma fortuna pessoal de mais de um bilhão de dólares; Maharishi Maesh Yogi, da “Meditação Transcendental”, foi guru dos Beatles entre 1967 e 1969. Morreu em 2008 com um patrimônio de mais de três bilhões de dólares em escolas, universidades, clinicas, laboratórios, remédios e fazendas; Para finalizar, citemos que foi Lafayette Ron (Ronald) Hubbard que iniciou a “Cientologia” em 1950 introduzindo o termo “dianeta” e fundando a igreja em 1954. Inventou um tratamento psicológico onde cobrava quinhentos dólares por cada seção de purificação e cem mil dólares para ensinar toda a técnica e hoje a igreja domina mais de um bilhão e meio de dólares.  É evidente que em toda regra há sempre uma exceção e isto já é uma regra. O fato é que percebemos que ainda hoje existem aqueles que “enchem os bolsos” explorando a fé alheia e que muitos buscam o “poder” monopolizando consciências e inocências nem tão inocentes, mas, como dissemos no inicio apesar das divergências a diversidade converge, no final, sempre para o bem comum, pois, a consciência é o livro onde Deus escreveu suas Leis, e, conseqüentemente, nesta luta intima, acontecerá fatalmente nosso aprimoramento e com ele, nossa evolução moral e espiritual.               MUITA LUZ!




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