REFORMA INTIMA



Todas as religiões têm a intenção de modificar a humanidade para melhor. Transformar o “homem velho” em “homem novo” é o objetivo de cada uma. Cada qual à sua maneira, todas querem nos aproximar de Deus. Renovação, libertação, purificação, reforma interior entre outras atitudes de mudança interna são palavras de ordem nas congregações. Isto nos lembra uma história contada e recontada por muitos, inclusive por nós para nossas reflexões sobre as palavras escritas num tumulo de um bispo anglicano, em uma catedral na Inglaterra: “Quando eu era jovem, minha imaginação não tinha limites, sonhava em mudar o mundo. Quando fiquei mais velho e mais sábio, descobri que o mundo não mudaria, então, restringi um pouco minhas ambições e resolvi mudar meu país. Mas o país também me parecia imutável. No ocaso da vida, em ultima e desesperada atitude, quis mudar minha família, mas eles não se interessaram nem um pouco, dizendo que eu sempre repeti os mesmos erros. Em meu leito de morte, enfim descobri: se eu tivesse começado por corrigir meus erros e mudar a mim mesmo, meu exemplo poderia transformar minha família. O exemplo de minha família talvez contagiasse a vizinhança e assim eu teria sido capaz de melhorar meu bairro, minha cidade, o país e, quem sabe, mudar o mundo.”
Segundo estatística da Policia Militar, em 2009 a marcha para Jesus reuniu quase dois milhões de pessoas e na sua 23º edição (maio de 2015?), reuniu cerca de 200 mil participantes. Porque caiu tanto? Um em cada cinco jovens não acredita em Deus. Conforme estudos da PUC-RS, o número de descrentes supera o de crentes. A pesquisa procurou mostrar o perfil desta nova geração de jovens que nasceram entre os anos 80 e 90 e que tiveram grandes influencias da Internet. De acordo com o jornal Agora de 15/11/2015, devem ser considerados como enfraquecimento da transmissão religiosa o cansaço das instituições tradicionais, novas linguagens de comunicação, o estilo de vida atual, o aprisionamento religioso e a decepção com os lideres de comunidades.    
Talvez seja por isso que as religiões não conseguem converter a muitos. Alem de não convencer racionalmente na reforma intima exigida para cada um, pois que é difícil modificar hábitos enraizados por longo tempo, os exemplos não condizem com os ensinamentos transmitidos. Ora, como crer numa tradição que fanáticos e interesseiros mostram relíquias de pedaços da cruz do Cristo espalhados por mais de mil diferentes igrejas do mundo? E que o “prepúcio” de Jesus circula pela Europa desde o século VIII? E que afirmam que o “umbigo” dele está na Basílica de São João Latrão, e que o “berço” de seu nascimento está em Roma e o “feno” que o acomodou está na França? Como crer nas afirmações de que a “mesa da santa ceia” está em Roma e a “toalha” em Paris? E que o “manto sagrado” que cobriu o Cristo nas ultimas horas tem dois exemplares diferentes? Um na França e outro na Alemanha? E tem mais exploração de relíquias: o “chicote” exposto na Itália; os “espinhos” da coroa se multiplicando em centenas distribuídas pelo mundo; gotas do “sangue” em frascos venerados em mais ou menos oito diferentes igrejas européias. Nem João Batista escapou destas parafernálias. Ossos, dedos e quatro cabeças, apresentadas em diferentes lugares. Excursões para locais ditos sagrados também são uma ótima forma de arrecadar dinheiro, alem de romarias, jejuns, vigílias e outras atividades que demonstram o interesse de lucros?  
Ao mencionarmos o desenvolvimento da fé a um iniciante ele nos responde que é justamente isto que lhe falta, como crer em instituições que fazem diferenciações de acordo com valores de ofertas e dízimos? Em lideres adeptos do “faça o que falo, mas não faça o que faço”? Em igrejas que cobram uma rosa de enfeite? Não estamos aqui apontando o dedo para acusar, mas para mostrar que se quisermos reformar o mundo a nossa volta, devemos nos reformar primeiro para que nosso exemplo no dia a dia sirva de alavanca de aperfeiçoamento do nosso próximo e assim, nossa reforma intima irradiará, verdadeiramente e de tal forma, que a velha pessoa se renove tal qual a pessoa que os incentivou.

                                                                 MUITA LUZ!        

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