MISERICÓRDIA 2/2
A recepção: O útero recebe com amor (veja bem: o útero e não a mãe) o gérmen que se transformará num ser; a terra recebe com amor a semente que frutificará e um monte de coisas que poderíamos utilizar como exemplo de que a natureza recebe com amor tudo o que a ela vem, quanto mais Deus quando O procuramos, seja através de nossas necessidades, raciocínio ou por qualquer motivo que seja. Portanto, a recepção está na natureza e não nos damos conta de quanto ela é importante para nós. Não percebemos que através do erro vem o arrependimento e que, através dele há o retorno e neste a recepção a nos amparar e auxiliar a viver.
A Inveja: O filho mais velho, vendo e ouvindo a festança e ao saber do que se trata, fica do lado de fora, amuado e invejoso, indignado e revoltado, fazendo com que seu pai saia e o procure para comovê-lo com o retorno do irmão. Este filho, que se julgava um modelo filial, não percebeu, dentro do seu egoísmo, a tristeza do pai com a ausência de seu filho mais novo, aliás, ele não sentiu essa ausência, ao contrario, julgou e criticou a atitude do irmão e, de certa forma, deve ter se alegrado, pois imaginou que ficando sozinho seria mais agraciado pelo pai, não percebeu que se fosse ele o ausente também teria uma festa no seu retorno. Em sua inveja dizia para si que nunca tivera este privilegio e que seu pai não reconhecia sua dedicação. Quantas vezes ele deve ter sido amparado pelo seu pai? Quantos conselhos ele recebera para que se tornasse homem de bem? Quantos favores seu pai lhe fez? Quanto de amor recebera em sua casa? A ponto de seu progenitor dizer-lhe que tudo o que ele tinha era para ele? Não era ele a preocupação do pai em deixa-lo amparado perante a vida? Só que tudo isso foi relegado e esquecido, pois a inveja só viu a alegria do pai em ter o outro de volta são e salvo. Não vemos isso em nossa casa?
A Misericórdia: não há o que falar mais sobre este assunto com tudo o que já foi dito, a não ser que a misericórdia nasce do amor. Esse mesmo amor que temos em família e o qual só damos valor ao perde-lo. Este amor que faz com que nos sintamos abrigados e amparados em nosso lar, mesmo que vivamos egoisticamente em nossa casa.
A conclusão: Jesus toca em nossa ferida. Com esta parábola nos mostra o quanto somos imperfeitos, o quanto estamos longe de saber o verdadeiro sentido de família. Ele nos coloca numa situação que, se raciocinarmos, somos aprendizes do jardim da infância no quesito viver a vida. Ainda não saímos das fraldas neste vasto Universo escolar. Como Ele nos conhece!
Qual a diferença da parábola que acabamos de estudar com nossa vida? Aliás, todas as parábolas nos evangelhos são baseadas na vida e servem de alerta para vermos onde erramos e como somos em nossas atitudes e nossas intenções. Nesta, especificamente, os lideres religiosos colocam o pai como Deus a nos perdoar e a nos receber de volta em seu seio, o que não é mentira, mas, nós vemos nela além disso, o exemplo, ou melhor, o reflexo de nossos atos, de nossas vontades e decisões, de nossas imperfeiçoes humanas. Vemos nela, voltamos a repetir, a nossa, a sua, a de nossos filhos, de nossos netos e amigos, enfim, a vida de todos nós neste planeta, e, tanto ontem como hoje, continuamos cometendo os mesmos erros e sem misericórdia de nós para nós mesmos. Ainda não entendemos que nos frutos do bem, a arvore que dá bons frutos é a que mais leva pedradas, mas que nem por isso se abala e deixa de sazonar.
MUITA PAZ!
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