A TROCA


 

Pedro diz a Jesus: “Eis que deixamos tudo e te seguimos; o que haverá então para nós?” (Mateus 19:27); os discípulos lhe perguntaram: “Quem é, pois, o maior no reino dos céus?” (Mateus 18:1-5); “Ordena que estes meus filhos se sentem um à direita e outro à esquerda em teu reino” (Mateus 20:21). 

Ah! O interesse. A fome material sobrepuja o alimento espiritual! Quem já não se tentou a barganhar com Deus? Dizemos: “Senhor, pago o dizimo, faço ofertas alçadas, dou esmolas, ajudo os que me procuram, vou às reuniões religiosas, sou ativo na comunidade, pago minhas dividas, sou honesto, não faço o mal, não prejudico quem quer que seja, amo meu próximo sem distinção, não julgo ninguém e isto acontece comigo? Porque, Senhor? Não sou bom o suficiente? Pequei contra Vós? Não valeu nada meu sacrifício? Esta desgraça não poderia ter acontecido. Não mereço isso! Pensei que eu estaria à sua direita, que eu estivesse inscrito no livro dos salvos e nada disso mereci? Por isso recebi este castigo? Fiz tantas promessas e não adiantou nada? Porque, Senhor?” 

Não é assim? No século IV, o primeiro Concilio de Niceia, reconheceu dos 315 evangelhos existentes, apenas quatro como canônicos, isto é, que atendem as regras dogmáticas da Igreja, ou seja, 311 só prestaram para o lixo. Ora, aproveitaram o que lhes interessaram para não perderem devotos devido à tradição estar presente na crença da maioria, além de aliarem festas pagãs e sincretismo judaico para manter o poder da Igreja, afirmando inclusive que ela é a voz de Deus no mundo, não é isso gana humana em relação ao orgulho e vaidade inerente a nós? 

Em João 6:26, Jesus diz: “Vós me procurais, não por haverdes visto milagres, mas porque comestes dos pães e vos saciastes”. Somos famintos e nunca nos saciamos no egoísmo, na inveja. Queremos sempre mais. Se procurarmos uma casa religiosa é porque desejamos algo em troca. Se fizermos uma promessa, o que não somos a favor porque cremos que Deus não faz barganhas, é porque visamos algo de nosso interesse. Se desenvolvermos nossa religiosidade é para que nada de mal nos aconteça, e por ai adiante, sempre havendo o desejo a ser realizado por trás de nossos atos?  Não é assim? 

“Não vos preocupeis pela vossa vida” (Mateus 6:25), é o ensinamento daquele que nos dirige para o Pai, mas, mesmo assim, buscamos comercializar com Deus sobre trabalho, saúde, família, dinheiro, amor. Esquecemos o “com o suor de tua fronte comeras o pão” (Genesis 3:19), que significa o trabalho edificante tanto mental como físico. Paulo, muito acertadamente disse que “se alguém não quiser trabalhar, que também não coma” (2 Tessalonicenses 3:10), significando que para colher deve-se primeiro plantar. Devemos trabalhas sim, e confiar em Deus para que possamos ter tudo o que necessitamos. Não é necessário negociar com as coisas do céu porque ele mesmo trabalhará a nosso favor para a realização dos nossos sonhos se eles forem bons para nós. Se alcançamos a graça é porque a merecemos, já que é fruto do nosso esforço aliado à nossa fé. Não há efeito sem causa e Deus é soberanamente justo, bom e misericordioso para não nos dar o que necessitamos para nossa felicidade, quando estamos sempre ativos e sem o interesse da corrupção divina. Os trabalhos nas casas religiosas devem ser voluntários e não remunerados para não cairmos na tentação do dinheiro fácil e de o fazermos pelo valor que receberemos, e assim esquecermos o amor e a devoção a nosso Pai celeste. Todo aquele que “ganha” para fazer isto, também “barganha” com nosso Pai Eterno. Ora, você nos dirá que dessa maneira as igrejas estão cooperando para diminuir o desemprego no país e nós nos utilizaremos das palavras do Cristo para lhe responder: “Nem só de pão viverá o homem” (Mateus 4:4), e, por ventura, Deus não dará boas coisas àqueles que O buscam? O “buscai as coisas do céu e todas as outras coisas vos serão acrescentadas” (Mateus 6:33) foi para o beleléu? 

Em João 6:55, Jesus afirma que “a carne dele é verdadeiramente comida”, referindo-se ao alimento espiritual  de energias vivificadoras e, tanto ontem como hoje, ainda o “comem” com o intuito da troca interesseira.  .                                                    MUITA PAZ!  

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