NA ALEGRIA COM DEUS



“Semeia-se corpo animal, ressuscita corpo espiritual. Há corpo animal e há corpo espiritual” (1 Co 15:44).

O que Paulo chama de corpo animal chamamos de físico e o que ele denomina corpo espiritual, para nós é perispírito. O perispírito é o veiculo de comunicação do Espírito com a matéria. É através dele que o Espírito sente e se manifesta no mundo físico. Quando há o desencarne (morte) o Espírito abandona o corpo, mas mantêm o perispírito, ou se preferir, corpo espiritual e carrega consigo, agregados a esse corpo, todas as suas amorais e virtudes, pois que, como já falamos inúmeras vezes, a morte não altera nossa personalidade. Ele é também o “molde” do nosso corpo, o qual é, digamos, “plasmado” de acordo com tal “modelo”. Outro dia falaremos mais sobre ele.

Pois bem, tudo que é em excesso transforma-se de mania em vicio, aliás, mania é uma forma disfarçada de disfarçar o vicio (e não é trocadilho não, é a pura realidade). Sabe-se que o vicio, qualquer que seja ele (sexo, comida, bebida, drogas, mentir e etc.) pertence ao Espírito e não ao físico apesar do corpo participar do falso prazer que o vicio enganosamente dá. Qualquer vicio, por menor que seja ele, tem os mesmos efeitos obsessivos porque de igual forma é manipulado até tornar-se subjugação. Portanto, e pegando os mais comuns sem nos esquecer dos outros, o fumante é uma “piteira viva” para os desencarnados e os alcoólatras são “canecos ambulantes” para os Espíritos do mesmo vicio, pois que, como dá para deduzir, é através do perispírito para perispírito que há esse, digamos, vampirismo com um alimentando o outro e vice e versa.

Não é fácil livrar-se dessas obsessões porque dificilmente há aquela força de vontade vencedora, já que no mundo em que vivemos há sempre caminhos que se abrem para aproximar cada vez mais os espíritos viciados de qualquer plano para um intercambio vicioso. Em Provérbios 20:1 está escrito que “o vinho é escarnecedor e a bebida forte alvoroçadora; e todo aquele que neles errar nunca será sábio”, mas também está escrito que todo aquele que confiar no Senhor terá a ajuda necessária (Salmo 37.4-5,23) e que o caminho para a felicidade está na Luz que guia os passos para a verdade (Salmo 119.2-3,105) e isto quer dizer que não estamos sozinhos na luta para vencer o que nos “amarra” espiritualmente.

É verídico dizer que basta querer para ser vitorioso, mas também é verdadeiro que trazemos o vicio desde outras vidas fortemente enraizadas no nosso interior e, como não é fácil arrancar uma arvore com raiz e tudo, deduz-se que temos de aliar à fé a paciência, a perseverança e muita força de vontade para “desenraizar-se” daquilo que nos prende aos obsessores. Isso me lembra que por duas vezes estive frente a frente com aquilo que mais criticava em minha vida. A primeira foi numa Casa de Umbanda de onde passei a viver do comercio religioso e depois num bar cuja experiência também não foi muito agradável, mas valeu porque foi onde aprendi que o ser humano é capaz de tudo para conseguir o que deseja. Para ele, neste caso, tanto faz vender a alma a Deus ou ao diabo e quem se regozija com tal situação são os obsessores que nos acompanham e dominam. João da Graça fez-me ver que não havia diferença entre eu (fumante) e eles (alcoólatras e etc.) porque éramos todos viciados, cada qual com seu grau de intensidade.
Aprendi a não criticar e a tentar tirar sempre um aprendizado para o meu melhor meio de vida.

Com o perispírito saturado de sensações grosseiras, por mais que se demore, chegará o momento em que o individuo desejará se libertar destas sensações e elevar-se no espaço da felicidade. Então, nessa hora, todas as “forças celestes” se mobilizarão para fazê-lo caminhar na alegria com Deus porque, como disse Paulo, a semeadura do corpo animal frutificará no ressurgimento do corpo espiritual cada vez mais aprimorado. PENSE NISTO!

                                                                  PAZ E LUZ A TODOS!

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