O PERISPÍRITO


“Eu sou Rafael, um dos anjos (...) Vocês pensavam que eu comia, mas era só aparência (...) E o anjo desapareceu”. (Tobias 12,15-22).

Para se entender as manifestações espirituais constadas na bíblia e também as que acontecem á nossa volta, como aparições, materializações, levitação, escrita direta, falar em línguas e outras ocorrências mediúnicas, inclusive a de “incorporação” (acho este termo incorreto porque dá a entender que o Espírito “entra” no corpo do médium, o que não acontece, pois, a “comunicação” é de “mente para mente” atuando no perispírito. Mediunização seria mais correto dizer), temos que primeiro estudar, ou pelo menos, procurar entender que temos um corpo fluídico o qual o designamos simplesmente de perispírito.

Muitos nomes foram dados a ele pelos antigos (Paulo o chamava de corpo espiritual) e depois de Kardec o termo perispírito ainda é o mais utilizado. Ele é o “molde” do físico e o intermediário (tanto transmissor como receptor) de todas as manifestações espirituais porque, o Espírito, sendo Energia (ou Centelha como muitos preferem dizer), necessita de “algo” que o faça, ou melhor, que permita “manifestar-se” nos mundos em que vive. Parece-me desnecessário dizer (mas já dizendo) que esse “algo” é tirado do mundo que o Espírito habita e que o acompanha em todas as encarnações.
Quando há o desencarne (morte) e isso já foi falado inúmeras vezes, apenas o corpo físico é abandonado levando o Espírito consigo o corpo fluídico (perispírito) totalmente impregnado de vibrações positivas e negativas acumuladas em seu viver, ou seja, carrega junto todas as virtudes e anomalias existentes em seu Ser.
Pois bem. Conforme comprovado racionalmente pelos estudiosos do assunto, o perispírito tem plasticidade (é moldável); densidade (varia do sutil ao denso); ponderabilidade (tem peso); luminosidade (intensidade de luz); penetrabilidade (não há barreiras para ele); visibilidade (aparece ou materializa); tangibilidade (pode tornar-se palpável); sensibilidade (os sentidos estão no geral, isto é, global); magnético (tanto atrai como repele dependendo da afinidade); expansibilidade (grande elasticidade); bi corporeidade (desdobramento); unicidade (é único); perenidade (relativamente eterno); mutabilidade (se transforma); capacidade refletora (irradia odor e temperatura) entre outros atributos que a ele pertence.

É lógico que todas estas manifestações são variadas e dependentes da evolução espiritual de seu proprietário. Assim sendo, deduz-se que quanto mais evoluído for o Espírito, mais sutil é seu corpo espiritual e maior é seu domínio sobre ele donde se conclui que quanto menos evoluído ele é espiritualmente, mais denso é seu perispírito e menor será seu domínio sobre ele.

Você deve estar se perguntado como tudo isso foi descoberto e a resposta é simples. As manifestações espirituais precisam de um agente intermediário (médium) entre os dois planos. Estudando-se as ocorrências mediúnicas, confrontando com as informações dos próprios Espíritos e aliando o raciocínio investigativo ao que é estudado, tem-se a resposta condizente com as leis naturais que nos regem em harmonia com os atributos que um Deus deve ter.

 E, para desespero dos contrários à mediunidade, a prova de que ela existe e que é atuante em nosso meio está nos relatos bíblicos e principalmente em todos os versículos de 1 Coríntios, capítulos 12 ao 14. Se você se interessar, leia-os, pesquise (existem vários autores, inclusive não espíritas e é claro que darão outros nomes a ele, porem, seus efeitos são os mesmos) e medite, pois é um tema fascinante. PENSE NISTO!

Comentários

Postagens mais visitadas