TIRANIA HOJE, DELINQUÊNCIA AMANHÃ

“Se dificuldades lhe contrariam a expectativa de auto-realização, neste ou naquele sentido, a sua paciência lhe fará ver os pontos fracos que precisa anular, a fim de atingir a concretização dos seus planos em momento mais oportuno” (André Luiz / Chico Xavier).

A reflexão passada (Oh! Meus botões), acredito, “deixou a desejar”, pois, conforme comentários ela “não sei como parece que não sei o que”, deixou “algo no ar”.
Pois bem, como dizem que a criança é o futuro da humanidade porque ela é o adulto de amanhã, e como o adulto está “deixando a desejar” em suas atitudes, e, acreditando que é a educação que molda o caráter mesmo que a personalidade tenha vindo de outras eras, e, como as escolas acadêmicas e os lares familiares também estão “deixando a desejar” na preparação do adolescente para a vida, e, sem querer estar com a verdade plena no que afirmaremos, vamos desenvolver nosso pensamento para que você nos alie aos dizeres anteriores e tire suas conclusões a respeito.
É boca corrente que: criança que vive em segurança aprende a sentir-se segura e quando é só criticada, aprende a criticar / criança humilhada acumula sentimentos de culpa e revolta e quando tratada com justiça, respeita e confia / se tem amigos, a criança desenvolve o sentimento de amizade e se ela é maltratada, cresce rancorosa e agressiva / criança bem aceita aprende a gostar de si própria e dos outros, e se educada com afeto desenvolve a afeição / criança estimulada aprende com entusiasmo e se for valorizada, aprende a dar valor ás pessoas e ao mundo. Conforme Elaine M. Ward “os pais só precisam seguir três regras para se dar bem na educação dos filhos: Amar, impor limites e permitir que eles sejam o que querem ser e Emmanuel, por Chico Xavier afirma que “os parentes são obra de amor que o Pai Compassivo nos deu a realizar (...) somente adestrando paciência e compreensão, tolerância e bondade, na praia estreita do lar, é que nos habituaremos a servir com vitória, no mar alto das grandes experiências”...      

Pois bem, estávamos em conversa amigável sobre o vídeo mostrado na reflexão anterior quando surgiu o comentário de que na nossa época de adolescentes, não existia tanta criminalidade e eu, automaticamente, respondi que naquele tempo existia salário de menor e tapa na bunda (desculpe o termo) querendo dizer que alem de não termos tempo para ociosidade, porque trabalhávamos, tínhamos reprimenda de boas maneiras. Meus ouvintes espantaram-se comigo e é por isso que aqui estou.

São duas coisas que estimulam a vagabundagem: o ócio e a liberdade liberada. Infelizmente é o que mais vamos encontrar nos lares. No pensamento de que a palmatória e o trabalho pertencem aos filhos alheios acabamos convertendo nossa casa em escola de menosprezo ao próximo. Satisfazendo os caprichos de nossas crianças esmagamos afeições sublimes que poderiam desabrochar como alicerces das boas realizações na existência terrestre. Pais, avós, tios, tias e outros que se transformam em escravos submissos criam possíveis monstros do orgulho e da vaidade que consomem a velhice de cada um dos envolvidos. Não somos a favor da brutalidade, da pancadaria e da selvageria tirânica no lar. Acreditamos que se a piedade não comparecer em nossas concepções nos igualaremos aos trogloditas de outrora, mas também acreditamos que para educar não se deve descuidar da energia paterna porque, quando poupamos os defeitos da criança em favor do nosso comodismo ela se torna no adulto cheio de recalques e taras que seu próprio instinto não educado extravasará transformando sonhos em pesadelos. Por outro lado, o conceito de família deve caminhar para ampla compreensão de liberdade construtiva e de respeito mutuo que devemos ter uns para com os outros. O conceito de que cada direito gera um dever deverá ser a bandeira hasteada por todos os cidadãos do mundo e se for aliado ao respeito pelo direito do próximo nossa auto-realização familiar e mesmo social estará plenamente em conforme com o extermínio de todas as anomalias que queiram nos prejudicar em nossa evolução.
Assim, a concretização dos nossos planos estará em conformidade com os planos que Deus tem para nós!

                                                                           MUITA PAZ!