APRENDER É PRECISO
“Transforme em patrimônio alheio os livros empoeirados que você não consulta, endereçando-os ao leitor sem recursos. Divulgue o livro nobre” (André Luiz / Chico Xavier).
Conforme pesquisa do SESC, intitulada “Públicos de Cultura” (infelizmente não tenho a data, mas, acredito que a variação é mínima) onde se aferiu hábitos de leitura entre outros serviços culturais em todo país, temos:
· 58% dos entrevistados não leram nenhum livro no semestre anterior à pesquisa; 12% leram apenas um livro e apenas 7% leram três livros.
· Os temas literários mais procurados são o romance, a ficção, a bíblia e livros de cunho religioso e espiritualista.
· 71% nunca foram a museus ou exposições de artes; 54% acompanham as novelas; 77% assistem a TV aberta; 36% acessam a internet; 18% preferem os noticiários da TV por assinatura; 16% lêem jornais e só 3% preferem as revistas impressas.
Isso mostra que a cultura no nosso país é negligenciada. Acredito que seja o pouco poder aquisitivo do povo que dificulta o acesso ao conhecimento. É certo que existem programas gratuitos para lazer e instrução, porem, a divulgação é mínima na mídia televisiva ou auditiva e na leitura poucos a observam.
André Luiz, ao solicitar a divulgação do livro nobre através da doação dos “empoeirados”, demonstra sua preocupação. Alias, não é só seu o desejo da divulgação literária. Os Espíritos Codificadores da Doutrina Espírita nos orientam para nos amarmos como primeiro mandamento e para nos instruirmos como segunda orientação. Pelo que percebemos Emmanuel também nos orienta dizendo que “muita vezes, o rude aprendizado da criatura na derradeira quadra da existência terrestre é o agente de base que (lhe) garantirá o êxito na próxima reencarnação”. São dele as palavras: “Se possuis o necessário discernimento e se dispõe de tempo preciso, lê tudo, usando o crivo da compreensão e da utilidade, mas não olvides escolher o que seja bom e apenas prestigiar o que seja bom, em favor daqueles que ainda não pensam com segurança quanto já podes pensar.”
Também é nos ensinado que “conhecer é patrocinar a libertação de nós mesmos, colocando-nos a caminho de novos horizontes na vida”, onde deduzimos que o alimento da alma, fora o amor, é o conhecimento. Sendo assim, podemos afirmar sem medo de errar que o livro bom alimenta a alma boa e que o mal sustenta a má, donde se conclui que dentro da lei da afinidade, onde os iguais se procuram, a boa nos induz a evoluirmos mais rapidamente e que a má, mesmo não desejando a nossa evolução rápida, acabará após algum tempo nos proporcionando também a vontade de evoluir devido a tantas dores, fracassos e desgostos ocasionados pelo não desenvolvimento intelectual e moral. Nem que seja mui lentamente, isto um dia acontecerá porque é da Lei que todos alcancem tal evolução. Como já dissemos anteriormente, é mais inteligente chegarmos mais rápido ao nosso destino.
Sabemos que nossa escrita e o que lemos revela nosso intimo. Aquilo que escrevemos tanto o que gostamos de ler, diz nas entrelinhas ou mesmo claramente, o que se passa em nossa alma e que ler faz bem a todos os níveis evolutivos. Acredito que foi Emmanuel que disse que o livro aberto é um coração que fala; fechado, é um amigo que espera; esquecido, é uma alma que perdoa e quando destruído, é um irmão que chora. Ora, com tudo o que já foi falado não há como não concordar com as instruções espirituais onde afirmam que o mundo é um belo livro, mas, bem pouco útil para quem não sabe ler.
Você deve estar se perguntando que se só saber ler não é cultura, como então distinguir um bom livro?
Simples, o bom livro é aquele que abrimos com interesse e que quando o fechamos, o fazemos com respeito.
MUITA PAZ!
MUITA PAZ!
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