DOCES APRENDIZADOS
“Com a retina na memória, contemplei-te os lábios pacientes, ensinando-me a pronunciar as preces da infância; e nesses lábios inesquecíveis, fitei os sorrisos de jubilo quando me deste os primeiros livros da escola” (Meimei / Chico Xavier).
São doces as recordações dos primeiros aprendizados. Na religião, quando aprendemos as primeiras preces, sentimos que algo nos fortalece interiormente enchendo-nos de paz, confiança e fé. Na escola, com as primeiras leituras, descobrimos que somos capazes de viajar no espaço do conhecimento ao mesmo tempo em que sentimos a força do aprendizado abrindo as portas da vida para a inteligência em desenvolvimento.
Ziraldo disse que “a escola ideal é o lugar em que se ensina, antes de tudo, o prazer pela escrita e pela leitura” e para ele chegar a essa conclusão esteve em romaria por 24 anos entre professores de todo o país. Combinando a paixão, iniciada na infância pelos livros, chegou aonde chegou.
Na vida religiosa não deve ser diferente. Os estudos devem preceder à paixão pela religião. O caminho a percorrer deve ter harmonia entre o sentimento e a razão. Aliás, aprendemos que, normalmente e neste caso, a razão desenvolve o sentimento que se fortalece na razão. Não pode um querer sobrepujar o outro porque um se enfraquece para que o outro se fortaleça o que destruirá a vivencia do aprender. No nosso entender o saber e o viver devem andar de mãos dadas para se alcançar o aperfeiçoamento nosso em cada dia de vida.
No nosso caso, tivemos para nossa alegria e felicidade, mestres que nos deixaram caminhos iluminados para trilhar. O primeiro de todos é, sem duvida nenhuma, Jesus de Nazaré. Como médium de Deus, ou se preferir, como intermediário divino, é incontestavelmente, o Professor dos professores e, logo em seguida vem seus trabalhadores, encarnados ou não e que atuam sem distinção religiosa, pois entre eles não há lugar para preconceitos de qualquer espécie.
Nesta nossa busca encontramos ensinamentos que nos orientaram, inclusive, para o bem viver neste mundo atribulado onde afirmavam dizendo que “nunca nos arrependeremos de: ceder em questões sem valor essencial; de guardar paciência em quaisquer lances difíceis; de usar indulgencia para com as faltas do próximo entendendo que todos nós temos erros a corrigir; de ouvir atenciosamente, seja a quem for e de reconhecer que o nosso pensamento ou cultura tem suas limitações (Albino Teixeira / Chico Xavier), e que, “quando a pessoa sorri, um sopro de simpatia vitaliza-lhe o semblante porque alteram-se-lhe todas as linhas para melhor, qual se possante facho interior fosse aceso de inesperado” (Valérium / Waldo Vieira) e que, “nos instantes amargos, por maior que seja a dor terrena, guarda a fé que te asserena. Não te lastimes em vão... Nasce a rosa no espinheiro, a estrela é a gloria noturna, o ouro emerge da furna, a fonte serve do chão...” (Maria Dolores / Chico Xavier).
E se por ventura, de teu lado, afirmas que estes ensinamentos desenvolvem pessoas “mornas” ou “sem sal nem açúcar” e que não te servem porque “não tens sangue de barata”, faremos uso das palavras de André Luiz (através do nosso amado Chico) e diremos aos aprendizes como nós nesta religião fraterna que “se sofrermos incompreensão de pessoas queridas, é a nossa bondade com o nosso desprendimento que se nos transformará em arrimo para que os entes amados retornem ao nosso mundo afetivo”, pois como Emmanuel nos diz (também através do Chico) “... os livros basilares de Allan Kardec prosseguem como sólidos fundamentos da Doutrina Espírita, que atualiza agora a revelação do Mestre dos Mestres”, transformando então através destes doces aprendizados, a religião espírita cristã em mensageira do Amor incondicional ensinado e vivido pelo Cristo Jesus, o qual é nosso modelo a ser seguido para alcançarmos a metamorfose designada por Deus, que é a nossa angelitude!
MUITA PAZ!
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