IMUNIZANDO O CORAÇÃO COM A RAZÃO


“Se te decides, efetivamente, a imunizar o coração contra as investidas do mal, é necessário te convenças que todo minuto é chamamento de Deus à nossa melhoria e renovação; Que toda pessoa se reveste de importância particular em nosso caminho; Que o melhor processo de receber auxílio é auxiliar em favor de alguém; Que a paciência é o principal ingrediente na solução de qualquer problema; Que o tempo gasto em queixas é furtado ao trabalho; Que desprezar a simpatia dos outros, em nossa tarefa, é o mesmo que pretender semear em campo sem cogitar de lavrá-lo; Que não existem pessoas perversas e sim criaturas doentes a nos requisitarem amparo e compaixão; Que sem amor não há base firme nas construções espirituais” (Emmanuel / Chico e não necessariamente nesta mesma ordem).

Perguntaram-me se realmente acredito que os dez mandamentos são de Moises e não de Deus. Acredito sim e por muitos motivos dos quais alguns nós já comentamos em nossas conversas. Por agora não vou citar capítulos e nem versículos para que você, caso queira procurar, talvez encontre motivos diferentes dos meus. Pois bem, nesta procura você vai notar que Moises subiu duas vezes ao monte e que foi na primeira descida que ele encontrou o povo adorando o “bezerro de ouro”. Notará também que as “tabuas” foram quebradas e que ninguém soube o que nelas estava escrito. Somente na segunda descida é que foram apresentadas as “leis” e o primeiro mandamento é justamente o que foi visto na primeira descida, isto é, a adoração do bezerro dourado.

Não podemos nos esquecer que somos povos influenciando outros povos ou, se preferir, religião influenciando religiões. Vejamos o dilúvio como exemplo: Na Índia, Manu foi salvo por um deus-peixe, encarnação de Brahma ou de Vishnu, que carregou seu barco a terra; no Irã, Yima foi alertado da catástrofe por Ahura-Mazda; para os gregos antigos, Deucalião e Pirra escaparam do dilúvio enviado pela fúria de Zeus graças a ajuda de Prometeu (conta a lenda que as pedras que lançavam atrás de si transformavam-se em seres humanos, os quais são considerados os ancestrais dos helenos). A narrativa mais conhecida está  na epopéia babilônica ou épico de Gilgamesh, pois dele foi encontrado muitos fragmentos traduzidos para o hitita, o hurrita e, mais tarde, vertido para o grego nos Babyloniaca de Beroso, sacerdote babilônico preocupado em difundir sua cultura no mundo helenístico (século III a.C.).   

Diante do exposto e para não alongarmos mais o assunto porque a lenda de Gilgamesh é fascinante, vamos a outro texto acádico que é o poema épico de Atrahasis (o infinitamente sábio), do qual são conservados parcos fragmentos e que se assemelha à narrativa de Gilgamesh. O motivo da ira destruidora de Enlil é que seu sono foi interrompido pela balburdia da língua dos homens que era semelhante ao mugido dos bois. Contam também que ficou acertado que a deusa-mãe usará um manto azul para recordar o dilúvio.

Existem outras culturas que mencionam o dilúvio com sobreviventes escolhidos pelas divindades o que nos leva a conclusões de que o dilúvio verdadeiramente existiu como catástrofe e que cada povo o conta à sua maneira e dentro da crença supersticiosa de que os deuses se iraram e resolveram acabar com o mundo, ou, cada povo assimilou e modificou a lenda inicial de acordo com sua cultura e crença? O que dá quase no mesmo de forma diferente?

Se compararmos os ensinamentos da antiguidade se perceberá que para conter o ímpeto selvagem e guerreiro dos povos, muita coisa foi atribuída aos deuses, pois era através do medo do castigo divino, única maneira de domar a barbárie existente, que se controlavam as tribos.

E pelo que parece ainda hoje isso persiste.       
                                                                                MUITA PAZ!

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