A PROBIÇÃO DE MOISÉS

 Quando participamos de qualquer reunião mediúnica sob nossa responsabilidade, temos o costume de nos colocarmos à disposição dos ouvintes para esclarecimentos mais aprofundados sobre o tema exposto. Como faláramos sobre mediunidade, foi-nos colocado em pauta a proibição de Moisés na consulta aos mortos, e como, muitos dos que aqui aportam e que participam pela primeira vez de nossas reuniões perguntam a mesma coisa, resolvemos unir o útil ao agradável.
  Há quem veja a mediunidade apenas como objeto de estudo, seja cientifico ou não, mas nós a vemos como fonte de crescimento e aquisição de valores morais através do exercício da fé. É fato que a psicologia estuda as doenças psíquicas e o psiquiatra trabalha as doenças mentais; que a psicoterapia estuda a mente perturbada e que a psicanálise trabalha as neuroses, as psicoses e etc. Também é verídico que a mediunidade, por auxiliar a estudar os efeitos paranormais, trabalha o desenvolvimento da fé através da comprovação de que a vida continua após a morte e sua conseqüência depois do túmulo.
 No Rig Veda, dos hindus, encontramos a afirmação: “Eis-me de novo revestido de um corpo”. No Bhagavad Gita, dos indianos, Krishna diz para Arjuna: “Eu tenho muitos renascimentos, e tu também, Arjuna”. No Vedismo, Bramanismo e Hinduísmo a crença em vários renascimentos é notório. Pitágoras (6 a.C.); Heródoto (484-425 a.C.); Sócrates (469-399 a.C.); Cesar Lombroso (1836-1909) foi psiquiatra, cirurgião, higienista, criminologista, antropólogo e cientista italiano, com a frase “Eu me arrependo de ter combatido o Espiritismo” consagrou sua crença na reencarnação; Ernesto Bozzano (1861-1943), professor de filosofia e ciência; Arthur Conan Doyle (1859-1930) escritor e médico; Carl Du Prel (1839-1899) fisiologista de Munique afirmou que ele seria um covarde se não professasse publicamente sua crença no Espiritismo; enfim, filósofos, cientistas, religiosos, escritores, jornalistas, oradores e muitos outros , através de estudos e exercícios de mediunidade, confirmaram sua  crença na reencarnação através do Espiritismo.
 Muitos se apegam na proibição de Moisés em consultar os mortos, mas em Números 11:26 a 29 temos Eldad e Medad, médiuns da época, para os quais foi pedido a Moisés que os proibisse de profetizar, cuja resposta do legislador comprova a validade da mediunidade. Ele diz: “Que ciúmes são estes por mim? Oxalá em Israel, todos fossem profetas e o Senhor lhes desse seu Espirito”. Mas, você dirá que os médiuns de hoje são diferentes dos profetas de antigamente e nós afirmaremos que eles são iguais aos profetas e videntes de ontem e para isso nos apegaremos em 1 Samuel 9:9 onde está escrito que antigamente, em Israel, indo alguns consultar a Deus, dizia: “Vinde, vamos ter com o vidente”, porque ao profeta de hoje, antigamente, se chamava vidente. Ora, as palavras mudam com o tempo, então, podemos afirmar sem medo de errar, que Oráculos, Pitonisas, Videntes, Profetas, Iniciados, Xamãs, Gurus, entre outros nomes que se dê, são médiuns e como consequência, tudo é mediunidade.
 Médiuns existem de todos os tons, tanto para o bem como para o mal e a procura desenfreada por eles pode levar a precipícios tenebrosos e este foi o motivo da proibição de Moisés. Nas épocas atuais, ai está os ledores da sorte trambiqueiros, os adivinhadores do futuro interesseiros, os fazedores de trabalhos espirituais de qualquer tipo e muitos outros que se utilizam da mediunidade para conseguirem poder e dinheiro, os quais, sem  se preocuparem com os efeitos do que fazem se metem em charcos da espiritualidade, arrastando consigo todos aqueles que a eles se prestam, fazendo-nos também proibir a consulta aos mortos quando feita desvairadamente e para fins escusos. A alma é invisível, portanto, o mundo dos Espíritos também é invisível e só conseguimos estudá-lo através da sensibilidade da mediunidade, e este atributo, em qualquer época, só é benéfico quando aproveitado, como afirmamos no inicio, para adquirir bons valores morais e assim chegar mais perto de Deus. Fora disso, não deve ser utilizado.

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