BATISMO

Jesus não foi apocalíptico ou judaizante radical. Seus seguidores é que incorporaram valores religiosos de outros à sua prática. Do batismo de João á cura de enfermos até os exorcismos de então, inclusive o ritual do mitraísmo com sangue (vinho) e pão (corpo) na Eucaristia, bem como a não circuncisão judaica para os não judeus que escolheram seguir a nova religião que se propunha a salvar, cuja salvação o povo via como a libertação do jugo escravagista romano, já que naquela época, como hoje, não faltaram vários cristos prometendo saúde, liberdade, vida eterna e etc.
Imagine uma Palestina com romanos, gregos, fenícios, samaritanos, idumeus, nabateus, saduceus, essênios e muitos outros grupos de pessoas? Imagine a loucura religiosa gerada por tamanha miscigenação? Como seria o cristianismo nascente se mesclando à esta diversidade? Foi Paulo quem o tirou desse meio para dar-lhe o início que conhecemos como Paulino e que, infelizmente, se mesclou de tal maneira que podemos chamá-lo de cristianismo judaico. Naquela época deveria ser extremamente difícil transmitir uma mensagem religiosa direta sem atrair a imaginação de um povo impregnado por grande número de religiões. Se ainda é assim, imagine então a nascente dessa religião que tinha por base o amor a Deus e ao próximo.
O batismo não fugiu à regra do atavismo enraizado em nosso subconsciente.
Tudo começou com as impurezas consideradas pelo contato com cadáveres, sêmen, sangue menstrual ou animal considerado impuro, onde após o “contagio” a pessoa devia se banhar para purificação. Como a visita ao Templo de Salomão era basicamente obrigatória, diversas casas de “banho” foram instaladas para rituais de limpeza (mãos, braços, pés, pernas e até mesmo imersão). Em Ezequiel 36:25 encontramos: “Então espargireis água pura sobre vós e ficareis purificados de todas as vossas imundícies”; em Reis 5:10-14 tem a história de Naamã, o leproso, onde ele deveria mergulhar sete vezes no Rio Jordão para se purificar; em Marcos 1:4 está: “e ia ter com ele (João Batista) toda a região da Judéia e todos de Jerusalém, e, confessando os próprios pecados, eram por ele (João) batizados. Como a imersão era utilizada pelos judeus para a lavagem do corpo como purificação física, o batismo por imersão sete vezes no rio Jordão ou em piscina própria para isso, passou a representar o ritual de limpeza da alma.
Em Genesis 1:2 está escrito que o “Espírito de Deus pairava sobre as águas” significando que desde velhos tempos a água era sagrada e que por isso era utilizada nos rituais de purificação. Ainda hoje se tem o costume de furar, pular, mergulhar sete ondas para se abrir caminhos ou se purificar e começar ou continuar bem a vida que se tem. Também em simbologia temos as águas do dilúvio livrando o mundo do pecado (impurezas).
O nome dado de Batista ou Batizador para João indica que ele era mais conhecido pelas abluções que realizava do que pelas suas pregações, orações, ensinos, exortações e etc. e Jesus, na verdade, nunca batizou ninguém. Até hoje seus seguidores é que batizam em nome dele imitando algo que Ele nunca fez. Perguntamos de que vale tal batismo se a pessoa batizada tem uma regra de conduta duvidosa e não buscou sua elevação para ser perfeito como Jesus nos ensinou? Não devemos nos preocupar com nossos atos e pensamentos que nos prendem à este mundo? Acreditamos que sim!
PAZ E LUZ!
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