O GRAAL
Este mito refere-se, normalmente, ao cálice da Última Ceia, mas as lendas criadas já descreveram o artefato como sendo a tigela em que Jesus teria partido o pão, um prato que um seguidor teria recolhido o sangue do Cristo crucificado ou qualquer outra vasilha ou pedra utilizadas para estes fins.
No meio deste monte de histórias que se ouve, o mais certo é que o “Santo Graal” foi criado por volta de 1180, por um francês chamado Chrétien (por coincidência ou não este nome quer dizer “cristão” em francês) de Troyes e que chamou este artefato de, simplesmente, “graal”, palavra que designava um tipo e utensilio de mesa e que não possuía conotação sagrada.
A história de Chrétien ficou inacabada devido à sua morte antes de termina-la, o que abriu um leque, um mundo de especulações e possibilidades aproveitadas por outros autores que, além de transformar o graal em mito, fazendo-o crescer em interrogações, ligando-o à lança de Longino, o soldado que feriu Jesus na cruz, hoje conhecido como São Longuinho. Juntando a história inacabada com a saga lendária da corte do Rei Artur, conseguiram a façanha de alimentar uma forte simbologia religiosa que encantou o público medieval, sobrevivendo até os dias atuais com vários livros e filmes sobre o tema, tendo a hóstia e o vinho como prato principal. Vale notar que o autor original referiu-se a “um graal” e não ao “o graal”. Com este objeto incorporado por diversos autores à mitologia Celta, criou-se as histórias de Percival que se tornou cavaleiro de Artur, de Lancelot na mesma linha e de Galahad (filho de Lancelot) e que não fugiu ao tema. Também a associação à Ordem dos Pobres Cavaleiros do Cristo, dos Cavaleiros do Templo de Salomão, dos Templários, da Ordem da Aurora Dourada, dos Maçons entre outros, geraram enormes fabulas que se mesclaram distorcendo a realidade.
As simbologias esotéricas adotadas por estudiosos não é novidade. Como outro exemplo temos o Cristo sendo sepultado numa caverna de onde ressuscitou no terceiro dia.Os mitologistas veem neste fato (a caverna) como arquétipo da matriz materna, símbolo da origem, do renascimento e da iniciação. Assim, a caverna, a gruta e o subterrâneo são, para eles, sinônimos do outro lado do mundo ou da vida, donde podem surgir monstros terríveis ou beatitudes santificadas.
Zoroastro utilizava estes locais para cerimonias religiosas e os primeiros cristãos também se reuniam dentro delas e nos mistérios eleusinos, na crença dionisíaca e no culto à Mitra, percebe-se que o tumulo subterrâneo representa a vida latente, o nascimento, ou seja, “o regresso uterino ou o retorno à Mãe”
Numa época de intelectualismo, mundo aberto para comunicações globais rápidas via internet, o buscar, descobrir colecionar relíquias e souvenires religiosas que ainda tem seus adeptos devido ao nosso planeta receber migrações de Espíritos de diversos graus evolutivos, onde a crença nos auxiliares místicos de proteção e sorte, do sobrenatural e do maravilhoso fortemente incorporado não só em muitas religiões, mas também no dia a dia da vida destes crentes, onde até os dias de hoje se vê frases especiais enroladas em panos costurados, penduricalhos com desenhos cabalísticos e signos de diversos matizes e etc., não é de se estranhar existirem fraternidades e mais fraternidades para explorar artefatos de cozinha como um graal santificado.Perguntamos então se há diferenças da adoração ao bezerro de ouro de ontem a outros objetos de hoje e até mesmo a pessoas santificadas por pessoas que nada tem de santas, onde se dobram os joelhos em adoração e crença na busca da fé e da auto estima? Acreditamos que não!
PAZ E LUZ!
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