ANIMISMO MEDIÚNICO
Para nós, o termo animismo (do latim “animus”, alma ou vida) é utilizado para designar a manifestação espiritual do próprio médium e não de um Espírito propriamente dito. Para outros é a crença em que entidades não humanas possuem uma essência espiritual, portanto, tudo o que tem vida é “animado” pela alma característica de cada ser ou objeto.
Encontramos no mediunismo, notadamente na Pajelança, Umbanda e Candomblé, as manifestações anímicas, isto é, o Espirito do médium manifestando-se nele mesmo trazendo suas experiências passadas ou exteriorizando as recordações de outras vidas vividas.
Este fenômeno, muitas vezes, é mal visto devido à abertura para mistificações, termo que designa a ausência real do Espirito comunicante, ou do manifestante utilizar um nome que não seja seu e de fingir ser outro que está se comunicando, mas, nós não vemos por este lado, pois o que nos interessa é o conteúdo da mensagem emitida por escrito ou verbalmente. São os ensinamentos transmitidos que indicam o grau evolutivo de quem transmite, portanto, se for de natureza elevada que mal há em ouvir-lhe e respeitar-lhe a digressão?
Somos construtores de nós mesmos e crescemos a cada existência em que transitamos. Nossa pluralidade de vida é que nos traz o infinito em conhecimentos adquiridos. Somos a mesma individualidade em personagens diferentes no aprendizado constante de cada encarnação. Sabe-se que quanto maior a expansão do perispírito maior será o fenômeno anímico já que o Espirito poderá desfrutar de maior liberdade para atuar mediunicamente, e desse modo, o que impede que o animismo apresente conhecimentos expressivos para a evolução individual ou do grupo em volta do manifestante?
Podemos então, a fim de distinguir os acontecimentos, dividir as comunicações espirituais em mediúnicas a anímicas, sendo as primeiras intermediadas pelos médiuns e as segundas produzidas pelo próprio Espírito encarnado. É necessário esclarecer que médium é toda pessoa que sente num grau qualquer, a influência dos Espíritos, cuja faculdade que por ser inerente ao homem não se constitui em privilegio exclusivo a quem quer que seja. Assim sendo, o intercâmbio entre um plano e outro de vida, pode ser estabelecido por duas vias: a mediúnica e a anímica, as quais se sobrepõem tornando difícil separar uma da outra de forma que podemos afirmar sem medo de errar, que as duas são mediúnicas já que, para que os fenômenos anímicos ocorram, é necessário que o períspirito do encarnado expanda-se parcial e momentaneamente do corpo para tomar conhecimento da realidade extra física e, assim, transmitir seus aprendizados adquiridos e arquivados em sua memória perispiritual.
É evidente que estamos tratando de comunicações elevadas. Há portanto animismo que traduz obsessão espiritual nos quais, inteligências desencarnadas podem assenhorear vítimas inabilitadas, por tempo indefinido, em certos tipos de recordação e segundo dividas cármicas a que se acham presos tais espíritos endividados e assim, surgirem ensinamentos descabíveis no meio, mas isso não nos impede de vermos no animismo recursos de conhecimentos nas estradas por eles mesmo trilhadas a fim de que a espiritualidade santificante penetre nos estudos do Espirito.
Como ninguém consegue sustentar a hipocrisia por muito tempo, cabe aqui as palavras contidas em Mateus 7:16 e Lucas 6:44 onde diz que “pela arvore se conhece os frutos” cujos ensinamentos devem prevalecer sempre em qualquer reunião. Estamos errados neste pensamento? Acreditamos que não!
PAZ E LUZ!
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