POLITEÍSMO ENRAIZADO 3/3
Já vimos que a reencarnação é fato e que precisamos dela para compreendermos o atavismo religioso. Passemos agora ao estudo da Santíssima Trindade e em particular à terceira pessoa desta tríade, ou seja, o Espirito Santo.
No grego popular conhecido como Koiné, muito utilizado na antiguidade e bem mais do que o clássico, não possui o artigo indefinido “um, uns e umas”, e, quando se deveria utilizar estas palavras usava-se o definido “o, os, a e as”. Assim, nas traduções dos textos evangélicos foram colocados transformando frases em outro entendimento. Como amostra, onde se lê “o” Espirito Santo deveria ler-se “um” Espirito Santo, o que muda totalmente o sentido do que se quer dizer.
Eis alguns exemplos: “E será cheio do (de um) Espirito Santo” (Lucas 1:15); “e descerá sobre ti o (um) Espirito Santo (Lucas 1:35-38); pela virtude do (de um) Espirito Santo (Romanos 15:13); ou não sabeis que nosso corpo é o templo do (de um) Espirito Santo (Coríntios 6:19-20); mas aquele Consolador, o (um) Espirito Santo que o Pai enviará em meu nome (João 14:26); e todos foram cheios do (de um) Espirito Santo (Atos 2:3-4). São trinta e cinco versículos que mencionam esta palavra e se nós traduzirmos os artigos indefinidos em definidos, tudo muda.
A Igreja Católica aproveitou-se deste erro utilizando-o para o dogma da Santíssima Trindade que define Deus como três pessoas consubstanciais, expressões ou hipóstases, ou seja, um Deus dividido em três deuses. Este termo foi utilizado pela primeira vez, por volta do ano 170, por Teófilo de Antioquia. Como a palavra é refletida dentro do contexto social e intelectual do indivíduo que a recebe, não podemos afirmar que este dogma é um politeísmo disfarçado já que a palavra santo, antigamente, designava os bons Espíritos conhecidos por Espíritos de Deus ou pessoas boas como santificadas?
Por outro lado, em 1 Coríntios 12:10; Timóteo 4:1; Joao 4:1 (só para citar estes três) a palavra Espírito está no plural nos mostrando que haviam vários espíritos manifestantes, bons e maus, santos ou demônios. Veja que em 1 João 4:1 o apostolo nos alerta dizendo para não crermos em todo espírito sem antes provar se são de Deus. Não é isto uma alusão à diversidade de seres que se manifestavam?
É certo que as palavras nas traduções de qualquer idioma sofre o processo chamado flexão verbal que altera o sentido inicial da frase, trazendo nas maiorias das vezes distorções do entendimento, mas, a justiça de Deus é perfeita porque está a cargo de nossa consciência que é o juiz mais que completo o que nos possibilita julgarmos nossos atos e crenças sem a influência de terceirose na mais perfeita harmonia com as Leis Divinas através da inteligência que possuímos oriundas da nossa criação divinal.
Por isso afirmamos que a razão, iluminada pela fé sem preconceito, é o archote que elimina a escuridão da noite, clareando o caminho para seguir adiante até o porto seguro do Amor Incondicional que, deve nortear nossa vida para o Ministério de Iluminação e da Eternidade para gloria do Pai Eterno, e sem a trave do politeísmo enraizado através do atavismo que nos prende às crenças, já há muito superadas pela evolução intelectual e Espiritual. Estamos errados nesta reflexão? Acreditamos que não!
PAZ E LUZ!
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