NUVEM DE TESTEMUNHAS

 O progresso nos meios de se comunicar com os Espíritos demonstra-nos a extensão dos recursos de que dispõem as potencias invisíveis para estimular os humanos a buscar o caminho da ascensão moral e do conhecimento de seus destinos, e, entre esta naturalidade de conversas aprendemos que somos compostos de físico, perispírito e espírito e que, quando do falecimento o Espirito mantém seu involucro sutil, ou seja, o perispírito o acompanhará enquanto sua evolução dele precisar e em qualquer mundo em que ele, o Espirito, viva.
 Uma lei similar à de atração e de imantação, fixa, pois, a sorte das almas depois da morte. O Espirito impuro, cheio de fluidos materiais, fica confinado nas camadas inferiores da atmosfera terrestre enquanto a alma virtuosa, de involucro purificado e leve, se atira feliz e rapidamente como o pensamento para dominar o céu infinito. Dessa forma, o “Ser”, juiz de si mesmo, encontra na própria consciência, e não em outra parte, o seu prêmio ou o seu castigo.Estes Espíritos culpados, envolvidos em densos fluidos, sofrem as leis da afinidade e são atraídos pela matéria.
 Assim, no espaço encontram-se imensas legiões indecisas entre o justo e o injusto, a verdade e o erro, a sombra e a luz. Imersos no isolamento, na obscuridade e na tristeza, procuram aqui e ali, uma simpatia para se assimilar, formando então, núcleos de mentalidades e aptidões iguais.Dentro da lei de afinidade, atraímos e somos atraídos pela analogia vibratória de nossos pensamentos que, como força magnética projeta-se fortemente para formar uma fusão intima com outras mentalidades de acordo com nossas empatias. Ora, como a alegria e a elevação do Espírito não resultam do ambiente onde esteja, mas do estado pessoal do próprio Eu em relação ao progresso que se fez, imagine então a comunidade de Espíritos desviados do bem, de perispírito opaco e tenebroso, cujas vibrações afetam nefastamente onde atuam. Assim, estes estágios permitem a comunhão de idéias, de sentimentos, de inclinações, de pensamentos e de aspirações que aproximam e unem as almas formando grandes famílias se assim podemos dizer.
 Já descobrimos que convivemos naturalmente com multidões de desencarnados ao nosso redor, vivendo em outras faixas com destaque pela interação permanente que temos uns com os outros, através da sintonia do pensamento, fazendo-nos concordar com Paulo ao afirmar em Hebreus 12:1 que vivemos rodeados de nuvens de testemunhas, referindo-se exatamente às comunidades espirituais que existem no espaço com cada qual cumprindo sua parte e concorrendo para a grande obra de evolução já que interagimos com eles, onde toda esta força é alimentada sob o impulso da grande lei de ação e reação, cuja afeição move os seres neste vasto plano energético, cabendo a cada um de nós, buscarmos a orbita da boa aventurança traçada pela vontade divina.
O pensar e agir no bem são os estímulos que ajudam a buscar o caminho do progresso através das nuvens de testemunhas do bem. Erramos em nosso pensamento? Acreditamos que não!

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