CONHECEREIS A VERDADE E...

É boca corrente na filosofia religiosa que conhecendo a verdade ela nos libertará e nós perguntamos de que? Se a liberdade é relativa e a verdade é de conformidade com o nível de entendimento de cada qual? Não dizem que cada um tem a sua verdade? Além do mais, quando se fixa numa mentira por um tempo longo ela se torna uma verdade para quem nela se fixou. Não é verdade? Com todo respeito ao trocadilho, todos sabem que isto é fato. Por outro lado, será que estamos preparados para a verdade libertadora?

Sabe-se que o pensamento é energia e que quanto mais se pensa, fixamente, num objeto, ele se materializa no mundo espiritual com boa chance de aparecer no mundo físico. É dessa forma que se cria a egrégora que é a força espiritual originada a partir da soma das energias mentais, o que não deixa de ser, também, uma forma pensamento. Ora, sabe-se que a forma pensamento alimentada pela mente energeticamente adquire volume, peso, textura, cor, sabor e etc., o que nos faz afirmar que o quadro material que vemos na Terra é o reflexo da mente humana.

No Concilio de Constantinopla, no ano 553, feito pelo imperador Justiniano, cuja esposa, Teodora,  ex-prostituta, não achando conveniente a Lei do “carma” mencionada na vida sucessiva como Causa e Efeito, influenciou a retirada desta crença no credo cristão vigente na época e até hoje, acredita-se ser verdade que a reencarnação não existe e que é mito. Inclusive, conta-se que Teodora, com medo de ser reconhecida, mandou executar 500 de suas ex-companheiras de trabalho (escravas, prostitutas, sacerdotisas). Perguntamos novamente se isso não explica o que estamos desenvolvendo? Por outro lado, nas mulheres mencionadas nos Evangelhos temos também Claudia Prócula, neta do Imperador Cesar Augusto e esposa de Pôncio Pilatos que teve uma pequena menção nas Escrituras e que para quem nela crê como Santa a tem como Eugenia, ou mesmo Santa Prócula? E Não é isso uma variação da verdade? Continuando com nossos exemplos evangélicos temos Maria de Nazaré, Maria de Betânia, Maria de Magdala, Maria mãe de Tiago, Maria mulher de Zebedeu e Maria de Cleófas, com cada qual com a sua verdade.

Na Peste Negra, em Paris, culparam os prisioneiros da Bastilha para encobrir personalidades eminentes e desviar a atenção dos turistas vindos de vários locais, principalmente da Espanha, quando na verdade, quem a trouxe foram os Sarracenos do século VI. Os óbitos foram tão intensos a ponto de improvisarem cemitérios nas grandes planícies. O êxodo foi iniciado com penosas características, pois o surto virótico não se constituía de simples sintomas passageiros como foi divulgado na época. Era a varíola negra hemorrágica trazendo um índice de mortalidade apavorante. Apesar das igrejas se transformarem em prontos socorros do físico e da alma, o terror desvirtuou a verdade gerando o descuido, a indiferença e o preconceito pelos doentes desabrigados.

Dependendo de como se crê, esbanjar a fortuna para alguns é desapego às coisas materiais, mas para outros, é negligencia com a “graça” que Deus concedeu e que normalmente é fruto do egoísmo e da vaidade. Aí estão duas verdades da vida.

As religiões nos falam da sobrevivência do ser e da vida futura, mas são impotentes para dar a essas verdades a menor prova sensível, tanto é que, em busca dessa verdade que liberta, temos no cristianismo inúmeras igrejas que proclamam cada uma a sua verdade. O desenvolvimento dos estudos científicos e do espirito critico tornaram o homem mais exigente. Hoje, somente as afirmações já não mais lhe bastam, pois ele reclama provas e fatos e isto é uma verdade que não se contradiz, pois como foi dito acima, a própria busca da verdade nos libertará das amarras da ilusão (nossa, quanta verdade). Concordas conosco? 

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