UMBRAL, PURGATÓRIO?

Jesus, que ensinou que a cada um se daria de acordo com suas obras, que não se colhe figos de abrolhos e que não se colhe uvas de espinheiros para confirmar que o que se planta se colhe, não poderia derrogar uma lei divina que age dentro da Ação e consequência, inúmeras vezes ensinadas por Ele. Ora, também não poderia mentir em seus ensinos e sendo nosso Mestre verdadeiro, como entender esta passagem sem o conhecimento espiritual? Se nos apegarmos à letra então acreditaremos que para se salvar basta o arrependimento sincero, o que mostra uma justiça parcial, o que não é verdade, pois a justiça divina é imparcial, ou seja, a mesma para todos.
Aprendemos que não existe arrependimento sem reparação. É necessário o reajuste, a retratação dos nossos erros para que possamos “purgar” nossas imperfeiçoes. Este é um dos muitos motivos do Umbral estar cheio de pacientes em tratamento. Este local a maioria o coloca descendo pela crosta terrestre, o que deu origem à crença no purgatório, mas na realidade ele ocupa um espaço invisível aos nossos sentidos que vai do solo terreno até algumas dezenas de metros de altura na nossa atmosfera. Seu ambiente é depressivo, angustiante, de feia vegetação quando a tem. O clima e o ar são sufocantes e pesados. É zona obscura de quantos no mundo não se resolveram a atravessar as portas dos deveres agravando e demorando-se no pântano dos erros humanos. Não tem Sol. O ambiente é contaminado por miasmas e formas pensamentos pavorosos que se assemelham a moluscos gosmentos, a aves pré-históricas e a morcegos descomunais. Também tem a paisagem acidentada com montes disformes, picos pontiagudos cobertos de lodo escorregadio, arvores retorcidas, galhos ressequidos, lagos viscosos, odor pútrido e vento uivante, isto é, tudo que o Espírito produz de ruim toma forma conforme a maldade de cada um. Lá você encontrará desordeiros, escravos revoltados, soldados sanguinários, abismos, grutas, choros, ranger de dentes, impropérios, trevas e tudo aquilo que se construir na vida física para colher do outro lado.
Lembramos neste momento do dialogo existente na obra “Auto da Compadecida” onde o cangaceiro conversa com o bispo que está prestes a ser morto pelo outro: - “Me perdoa, mas vou te matar” (disse o cangaceiro). – “Para ser perdoado você tem que se arrepender e desistir de me matar” (retrucou o padre). – “Não faz mal, me arrependo depois” (finalizou).
Com certeza, se encontrarão no umbral onde existe o purgatório e o inferno de cada um. Tu crês? Nós sim!
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