OUVIDOS DE OUVIR

  O cristianismo pode ser “Irrefletido”, que é aquele onde se aprende por ouvir falar, cuja palavra do pregador é lei, e, “comprometido” que é quando o fiel resolve saber por que é cristão e começa a “estudar” e não apenas a “ler” os Evangelhos. Assim, o “estudante” descobre que Jesus é o Psicólogo da Alma e passa a entender que os Evangelhos são faróis que iluminam a rota do aperfeiçoamento psicológico e moral. As religiões contam com diversos sistemas de orientação para a harmonia e alcançar, através deste meio, a felicidade. Os evangelhos também não ficam de fora deste agrupamento porque são manuais de otimismo, compêndios filosóficos, tratados de psicanálise e cartilha de boas maneiras.   Jesus falava por parábolas e isto já é psicologia aplicada. Para entendermos seus significados temos que responder as perguntas: para quem elas foram faladas? Porque foram contadas? Qual a moral que elas encerram? Qual o ponto culminante delas? E que interpretações podemos dar a elas na atualidade? Neimar de Barros, pregador católico, afirmou que “O ser humano é a alegria de Deus, mas pode se tornar o brinquedo do demônio” e que “A injeção evangélica só cura o cérebro quando aplicada no coração” e não é isto uma psicologia para educar a alma? Toda e qualquer educação que não se preocupar em formar seres adequados para governar sua vida com retidão e foco para o bem comum, estará cometendo delitos graves em seu trabalho. De que adianta a instrução acadêmica se ela só entulhar o cérebro com informações que pouco será utilizado no dia a dia e não desenvolver na pessoa a virtude de viver em comunidade? Ela também não pecou em seu objetivo? Ou a educação religiosa ser ministrada para formar gentes fanáticas e supersticiosas, onde o “eu” ególatra impera menosprezando o “eu” comum a todos? Não perdeu sua religiosidade? E a sapiência moral que não atenta às inclinações infantis no ser humano onde caberia desenvolver as boas aptidões e aparar as más tendências? Ela, dessa forma, jamais formaria adultos aptos a viver a felicidade plena. Não é mesmo?         

Psicossoma, psicossomático; Mano-maya-cocha na Índia; Boadhas na Pérsia; Ka ou Bai no Egito; Rouach na Cabala; Kappa-Ruppa no Budismo; Eidolon na Grécia; Khi na China; Corpo Astral para os Hermetistas, Alquimistas, Esoteristas e Teosofistas;  Corpo Sidérico de Paracelso; Aerossoma dos Neognósticos; Corpo Fluídico para o filosofo Leibniz; Somod de Baraduc; Mediador Plástico  de Ludworth; Metasona para uns; Modelo Organizador Biológico para outros; Duplo Fluídico para alguns; Corpo Espiritual para Paulo de Tarso; Envoltório Material Fluídico e Protoforma Humana ou simplesmente como nós chamamos, Perispírito. A diferença está só no entendimento e nos nomes do corpo sutil que liga o Espírito ao Físico e que não altera em nada sua essência. Assim é com as educações que não transformam as más aptidões em virtudes que muito auxiliarão o “Ser” na sua caminhada evolutiva. Para não cair nas malhas da ilusão o Espiritismo teve três grandes divulgadores. Cada um na sua especialidade: Roustang para a Fé; Léon Diniz para a Filosofia; Dellane para a Ciência e Flammarion para os Mundos habitados.  Nos Evangelhos temos igualmente três grandes representações humanas: Salomé nos mostra as futilidades do mundo; Herodes o convencionalismo Político e sua esposa Herodias o Interesse Particular. O que nos ensina estas palavras? Que as sombras ao nosso redor são modelagem plasmada de nossas intenções e ações e que as palavras de Jesus aí estão propagadas para quem tem ouvidos de ouvir. Concordas?              

 


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