O PERDÃO
“Se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai Celestial vos perdoará” (Mateus 6:14); “Perdoa nossas dividas, assim como perdoamos nossos devedores” (Mateus 6:12); “Reconcilia-te depressa com teu adversário enquanto estás com ele no caminho” (Mateus 5:25); “Não vos digo que perdoeis até sete vezes, mas até setenta vezes sete vezes” (Mateus 18:22); “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem” (Lucas 23:34); “Seus muitos pecados lhe são perdoados” (Lucas 7:47) e muitos outros apontamentos que nos mostram que a expressão máxima do amor é o perdão. Não o perdão da boca para fora, mas o verdadeiro, sincero e real.
Quantas vezes ouvimos dizer: Dessa vez eu perdoo, mas se houver outra... Perdoo, mas jamais esquecerei... E por ai vai. Já vimos pessoas perdoarem e constantemente ficam lembrando o perdão ao perdoado. Na realidade, não perdoaram verdadeiramente.
Quantas pessoas vivem desta maneira e se dizem cristãos? E quantos cristãos excluem do seu perdão aqueles que não pertencem à família ou ao seu circulo de amizades e até mesmo os que não frequentam suas igrejas? E os que não perdoam seus próprios familiares? Muitas vezes, muitos destes perdoam os de fora, os estranhos e são algozes no lar. Adianta pertencer a esta ou aquela agremiação religiosa se está cheio de orgulho, vaidade, maledicência, prepotência e outras “ências” que o prejudicam? É evidente que não.
Jesus Cristo nos dá o exemplo do verdadeiro amor. Qual de nós solicitaria o perdão ao Pai por aqueles que nos crucificam? Que nos fazem sofrer física ou moralmente? Quem de nós, que nos dizemos cristãos, amamos incondicionalmente nosso próximo a esse ponto? O verdadeiro cristão exala amor; vivencia fraternidade, igualdade e respeito; respira paciência e entendimento; não é parcial; não é intolerante.
Estamos longe de ser cristãos? Tudo bem! Mas não custa tentar e se esforçar para isso. Jesus conhece nossas limitações, nossas imperfeiçoes e se exulta com nossas tentativas de melhoramento espiritual. Sempre nos dá condições e ocasiões para vivenciarmos seus ensinamentos. Basta sabermos aproveitar as oportunidades que aparecem em nosso caminho. Fazendo disso um habito, em pouco tempo poderemos dizer e afirmar que somos seguidores de nosso Mestre Amado e consequentemente, além de evoluirmos espiritualmente, serviremos de exemplo a todos aqueles que porventura cruzarem em nossa vida e, também, não teremos inimigos. Por outro lado, só perdoa quem se sente ofendido e só se ofende aquele que tem orgulho e vaidade em excesso no intimo. Além do mais, quando alcançarmos nossa meta evolutiva, estaremos acima destas necessidades porque não mais precisaremos perdoar já que não nos ofenderemos mais.
Se conseguirmos entender e viver o sentimento do perdão, aí sim, tanto ontem como hoje, isto é, em qualquer época, ouviremos nossa consciência, a exemplo de Jesus, dizer: “Muito bem! Teus muitos pecados lhe são perdoados.”
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