O QUE NÓS MERECEMOS


 

 Ora, um dos malfeitores que tinham sido suspensos blasfemava-o dizendo: “Não és tu o Messias” Salva-te a ti mesmo e a nós”. O outro, porém, em resposta, retorquiu-lhe dizendo: “Nem sequer temes a Deus, tu que te encontras no mesmo suplicio? Quanto a nós, aqui estamos com justiça, porque recebemos o que mereciam as nossas ações, mas este nada praticou de incorreto”. E acrescentou: “Jesus, lembra-te de mim, quando vieres na aureola de tua realeza”. E jesus a ele: “Em verdade te digo: Hoje estarás comigo no paraíso”. 

 

Dimas é o nome tirado dos textos apócrifos e dado ao “bom ladrão” e Gestas, que quer dizer “proeza”, é o de seu irmão que blasfemou. Dimas, cujo significado é “pôr-do-sol” é considerado o primeiro santo cristão o que nos faz perguntar: santo ladrão? Isto sem considerar que os dois, além de salteadores eram guerreiros zelotes junto com Judas e Barrabás que quer dizer “filho do pai”.  A tradição o coloca (Dimas) à direita de Jesus no paraíso, outros nada mencionam sobre isso e igualmente outros evangelistas, mas, deixemos para lá, porque isto não é tão importante no momento, quanto os ensinamentos que podemos tirar desta história. Vamos ao que de fato nos interessa: Se nós nos encontramos num suplicio, isto é, se nós vivemos neste planeta em sofrimento é porque estamos recebendo o que mereceram nossas ações dentro da Lei de causa e efeito. Mas, de modo algum estamos abandonados à sorte. Sempre temos o amparo divino apesar de nossas imperfeiçoes. Só tem um problema: enquanto não fizermos como o “bom ladrão”, isto é, reconhecermos que somos responsáveis por nossos atos e que por isto colhemos o que plantamos, e que também nos arrependermos de nossas faltas e procurar não errar mais, fica difícil para boa espiritualidade nos guiar até nosso querido Pai Eterno, mas dentro de nosso limitado conhecimento e ilimitado egoísmo, preferimos jogar a responsabilidade dos maus, veja bem: só dos maus, acontecimentos em nossa vida nos ombros do nosso próximo, ou do diabo, e até mesmo nos de Deus. 

“Nós temos o que merecemos. Não temes a Deus?” são as palavras do “bom ladrão” que completou pedindo o amparo àquele que atende a todos sem distinção, alcançando de imediato a promessa da salvação. Veja bem, a promessa e não a salvação porque não existe arrependimento sem reparação e só depois desta é que conseguiremos nos reerguer. Ensinam alguns que basta se arrepender para alcançar a graça da libertação o que cai em desencontro com a justiça de Deus, pois sendo assim, não precisaremos colher o fruto do nosso plantio, o que não é verdade. E nós? Buscamos a remissão de nossas faltas através de ajustes em nosso delito? Muito pelo contrario, culpamos o destino pelos infortúnios da vida; maldizemos nosso próximo pelos sofrimentos merecidos que nos atingem e afligem. 

Não dizemos isto para que simplesmente nos acomodemos com as situações agarrados à desculpa de que o que tem de acontecer acontecerá. Não! Não! O comodismo faz parte do nosso medo ou preguiça, talvez os dois, de encararmos a vida e de tentarmos mudar as más ações de ontem em boa colheita hoje e amanhã. O bom cristão lutará sempre para melhorar-se. Não com armas de guerra, mas com as armas do amor e do reconhecimento de nossas limitações; com as armas do esforço próprio, da boa vontade de nos renovarmos cada vez mais o nosso intimo. A verticalização do nosso espirito não se dará com a indolência, com o fanatismo religioso, com a malfadada culpa do destino ou com a intolerância da própria vida. Ela se dará, única e exclusivamente, voltamos a repetir, com o amor que plantarmos tanto no nosso campo de semeadura, como nos campos alheios.   

“Em verdade vos digo que hoje mesmo estarás comigo no paraíso” é a resposta do Mestre amado a todos aqueles que reconhecerem suas responsabilidades e que O procurarem com sincero sentimento de arrependimento. Dessa forma, não nos faltará oportunidades de repararmos nossos erros e alcançarmos a prometida felicidade a nos reservada e que, tanto ontem como hoje, se não a alcançamos, é porque ainda não a merecemos.                                                             

 MUITA PAZ!  

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