LILITH - A PRIMEIRA MULHER DE ADÃO?

 

Em Genesis 1:23-28 é narrado que Deus criou o homem e a mulher no mesmo instante o que fez com que surgisse a crença em Lilith como a primeira esposa de Adão e somente em Genesis 2:18-22 é que aparece Eva sendo tirada da costela dele, cujo fator contribuiu para o sistema machista predominar por longo tempo, já que se imaginava que ela (Eva), por Deus não ter soprado o folego da vida nela e assim não ter sido “criada, não tinha alma. 

Nas tradições mais antigas, o sexo como instrumento de perpetuidade era assinalado como divino tanto que o símbolo fálico era considerado um deus, e a mulher como foco gerador da vida tinha sua primazia a ponto de ser estimada como divindade, em cujo contexto, no altar de   Ishtar uma virgem totalmente nua oferecia a sua virgindade aos sacerdotes, que na época representavam o deus da fecundação. Na religião de outras épocas, como os druidas, o pilão simbolizava a fêmea, as cavernas representavam o útero e o socador de pilão, o macho.  

No culto pagão a mulher tinha o poder e Lilith é a representação deste passado revelado e Eva é o perfil das mulheres nas religiões patriarcais. O nome Lilith vem do hebraico (Laila) e significa noite e é ela, a noite, que esconde mistérios e oculta forças. Assim, representativamente falando, Adão, Eva, Serpente (Lilith), Samael (Sama=veneno e El= Deus, ou seja: veneno de Deus), podem ser entendidos como o intelecto, o corpo, a imaginação e o desejo. Em outras palavras, hoje, as famílias, cujos pais intercambiam em parceria com os filhos a liberdade dos namorados ou namoradas pernoitarem em suas casas, transformam, na sua grande maioria, os lares em bordeis. O desrespeito ao santuário familiar alcança elevados índices de cinismo e degradação. Para aqueles que ainda tem a crença arcaica e que normalmente joga a responsabilidade nas costas das divindades ou de diabos, diria que tudo isto seria influência de Lilith, ou de outros demônios, mas, o gigolismo está presente não só na prostituição. Está onde há pressão opressiva; onde explorasse a inferioridade moral ou social do próximo; no chefe autoritário que se aproveita dos subalternos necessitados do emprego e em todo e qualquer trabalho escravo; no tráfico de entorpecentes e de pessoas; nos parentes que se imiscuem no meio dos casais; nos pais com zelos excessivos aos filhos e etc. de atos, atitudes e intenções que atraem espíritos obsessivos e que se afinam com tais vibrações.   

Somente a ideia reencarnacionista, com a lei de ação e reação, nos liberta das crenças castradoras, do sentimento de culpa, dos pecados e das punições, porque nos abre o caminho para a responsabilidade total de nossa vida, para a plenitude que devemos alcançar e da felicidade que depende unicamente de nós mesmos. Assim, todos os conceitos atribuídos aos deuses ou demônios de antigamente caem por terra, sobrando apenas o bom senso que deve ser nosso Norte a nos guiar na vida física ou fora dela, porque, no nosso entender, Lilith representa a rebeldia do feminino e Eva a mulher subjugada.                                               MUITA PAZ!  

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