TENTANDO COMPREENDER O ISLÃ (PARTE 1 DE 2)

“Foge também aos desejos da mocidade (leia interesses); e segue a justiça, a fé, a caridade e a paz com os que, com um coração puro (entenda como pessoas de qualquer religião), invocam o Senhor” (Segunda Epístola do Apostolo Paulo a Timóteo 2:22).     

“Quem matar um ser humano (...) terá matado a humanidade inteira. Quem salvar uma vida humana terá salvado toda a humanidade” (Alcorão – Quinta Surata, versículo 32). 

Antes de tudo é necessário expormos fatos que poucos conhecem...

Meca já era sagrada por causa de um meteorito (A Pedra Negra) que caiu nas redondezas da cidade e que virou objeto de culto. Não se sabe em que época, mas os árabes construíram muros em volta desta pedra, cobriram, e com isso surgiu a Caaba (O Cubo) como um santuário o qual abrigou em forma de estatuetas 360 deuses para serem cultuados um em cada dia já que acreditavam que o ano era composto de 360 dias.

Criou-se na época o ritual de dar sete voltas em torno da Caaba porque, provavelmente esse era o numero de dias das fases lunares. Dentre os inúmeros deuses cultuados os mais conhecidos são Hubal que era a Lua e que servia para prever o futuro, Uzza que era o planeta Venus como a deusa do amor. Acima de todos existia um ser todo poderoso que nem nome tinha e que era simplesmente “o deus”, ou al – Ilah que do mesmo jeito que “vossa mercê” virou você, al – Ilah virou Allah.

A mitologia do islamismo tem suas raízes profundas no judaísmo onde valia e predominava a lei tribal do “olho por olho e dente por dente” onde os deuses das tribos se manifestavam e gostavam de falar em rimas através dos “kahins” seus porta-vozes. As tribos judaicas foram se formando em mega tribos que se transformaram em povos que buscavam através de propriedades, escravos e comercio já que a peregrinação à Caaba era uma excelente fonte de rendimento através de feiras e mercados da época, o poderio que pensavam lhe pertencer.

Pois bem, foi neste ambiente que Maomé cresceu e foi neste ambiente que ele implantou o Islã e a pergunta que não quer calar é: “Ele conseguiria expulsar 360 deuses e acabar com as negociatas alem de emancipar as mulheres na comunidade só pedindo licença?” E a resposta evidentemente é não! Ele estava combatendo de frente os interesses de muitos e não era bem vindo na era pré- islâmica. Na imposição de um deus único, da mesma forma que Moises teve de valer-se de artimanhas, Maomé precisou lutar para se impor e implantar sua crença.   

Os judeus viviam enclausurados entre superpotências e o cristianismo tinha virado religião de Roma cujo Império entrou em decadência e o Islã aproveitou-se para se transformar em religião e nação e que ao mesmo tempo foi bem sucedida a bravura de expandir suas fronteiras, coisa que todas as outras nações tentaram obter este sucesso e não conseguiram. Mas, não foi só com lutas e guerrilhas que travaram para se defender e se impor, foi também os direitos trabalhistas, os juros baixos, a livre concorrência de mercado, a ajuda mutua e a inserção da mulher no contexto social, cujas leis fundamentadas nos conceitos islâmicos, contribuíram para a adesão em massa ao poder de persuasão daquele líder que se sobressaiu de tal maneira que teve a reprodução de seu rosto proibida exatamente para evitar sua idolatria já que os povos eram afeitos a isso.   

É pena que nosso espaço seja pequeno o que nos impele a continuarmos este assunto na próxima conversa. Assim, agradecemos sua paciência e lhe desejamos, além de entendimento e amor ao próximo, uma ótima reflexão sobre o assunto para aprendermos a ser verdadeiramente, Cristãos.

                                                                              MUITA PAZ!

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