TENTANDO COMPREENDER O ISLÃ (PARTE 2 DE 2)

“Entre as lutas da existência, quando a estrada te pareça um campo de sombra espessa, sob a tormenta a rugir, não tremas. Segue adiante, cumpre os encargos que levas. Lembra que a luz rompe as trevas descortinando o porvir” (Maria Dolores / Chico Xavier).
“Matem os idólatras, onde quer que eles estejam; capturem, acossem, embosquem” (Alcorão – Nona Surata, versículo 5). “Ó Profeta, combata aqueles que negam a verdade e os hipócritas e seja implacável com eles. O inferno será sua morada” (Alcorão – Nona Surata, versículo 42).

Maomé foi um legislador nato, e, como exemplo de sua liderança para impor suas leis, seu primeiro ato foi libertar todos os escravos de Meca. O segundo foi despejar os deuses da Caaba destruindo as imagens e consagrando o santuário à Allah. Ele morreu em 632 sem indicar um sucessor e seus seguidores se dividiram em Sunitas (são os que seguiram seu sogro), e Xiitas (os que seguiram seu genro). Esta divisão nasceu política e se tornou religiosa com interpretações diferentes do Corão, o que motiva guerras até hoje. Como exemplo, os dois versículos acima mencionados do Alcorão têm o contexto real da guerra contra os “Quaraysh” que infiltravam espiões em Medina já que eram os mais interessados em eliminar Maomé devido às suas leis reduzirem os lucros exorbitantes que obtinham com o comércio religioso e local. Assim, “idolatra”, “politeísta” ou “infiel” (dependendo da tradução) não significa qualquer um que não seja muçulmano, mas um inimigo especifico de um conflito que aconteceu entre eles naquela época.  
Na bíblia, os 10 mandamentos e as leis israelitas  foram ditados por Javé, mas na realidade o código das leis israelenses (no total de 613), finalizado no século 5 a.C. é herança dos babilônios que fizeram a primeira constituição da terra em 1700 a.C. (inclusive, Javé também veio de outros povos junto com Baal e Astarte formando a famosa trindade pagã e adorada na época, mas isto é historia para outro dia) e Moises, para impor a crença no Deus Único e na sua legislação, atribuiu a  Deus a autoria delas. Da mesma forma, Maomé, para fazer prevalecer novamente à crença num Deus Único, pois como se percebe o povo voltara à idolatria antiga, teve que usar de artimanhas para o êxito de suas leis e vontades.

O mundo evoluiu e com ele muitas leis antigas deixaram de ser praticadas. Não somos mais os trogloditas do passado, mas, se alguns teimam em continuar na idade da pedra, o que podemos fazer? A própria vida se encarregará de trazê-los à razão porque remam contra a maré e estarão sozinhos nesta empreitada. É lógico que não estamos defendendo a ignorância destes que interpretam a religião a ferro e fogo. O que estamos procurando alertar é justamente para não pagarmos na mesma moeda generalizando-os em nossas criticas e observações. Insistimos em dizer que não estamos nos colocando como defensores da desordem que estes fanáticos promovem, mas não distinguir o joio do trigo, isto é, generalizar atos que alguns praticam para se imporem através da força e do medo, com todos de uma religião não é ser cristão, mesmo porque, muitas igrejas pregam o amor e promovem a discórdia e isto se encontra em diversas religiões, inclusive, em muitas que se dizem cristãs. A tolerância, no caso, é só uma mascara para esconder a verdade deles e é nossa obrigação distinguirmos um do outro.
O amor a Deus e ao próximo se constitui no verdadeiro bom senso que devemos adotar em nossas criticas. Alias, como já foi dito, se acreditamos em nossa fé, teremos a certeza de que Deus é o Regente da Orquestra Universal, cabendo a nós sabermos aproveitar a melodia do divino Amor.

Antes de atirarmos pedras em telhado alheio, verifiquemos nossa cobertura para nos certificarmos de que também nosso telhado não é de vidro, pois, a Lei de Ação e Reação é de fato não só nossa reguladora, mas, de todos nós.
                                                                              MUITA PAZ!
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