O CULTO À PERSONALIDADE

 
O orgulho, a vaidade, o egoísmo e o preconceito fazem parte do culto à personalidade. Tanto quanto o culto ao físico, em excesso, é prejudicial à saúde do corpo e do Espírito, o culto excessivo ao ego cria aquela dependência da superioridade onde a pessoa não quer aceitar que o outro progrediu mais do que ela e, sentindo-se superada, cria o abismo da diferença entre eles minando o relacionamento.
 
Não estamos nos referindo ao narcisismo o qual consideramos como culto possessivo à própria beleza e que pertence mais à vaidade do que ao egoísmo, mas do sentimento camuflado da superioridade na igualdade, gerando dependência de ter alguém para dominar mesmo que seja com falsa submissão.
 
Nas reuniões para desobsessão vimos inúmeros casos de, quando afastado o obsessor, o antigo obsedado sentir-se perdido, desorientado e solitário a ponto de atrair novamente aquele que lhe minava as vontades, dirigia seus pensamentos e monopolizava suas atitudes para colocar-se na condição de vitima ou mesmo de crer-se como protetor daquele que obsedia, pois pensa que, sem ele, o outro sucumbe. 
 
Isto não acontece apenas entre mortos (desencarnados) e vivos (encarnados), mas entre todos de todas as formas (morto com morto, morto com vivo, vivo com morto, vivo com vivo) manipulando e obsedando um ao outro num intercambio vicioso, onde muitas vezes, para tentar manter o relacionamento através de vários tipos de chantagens, principalmente emocionais, separam-se com a intenção de provar que fazem falta ao desprezado. 
 
Contam-nos os antigos que no Japão, um economista resolveu largar tudo o que fazia, para dedicar-se à pintura. Durante anos procurou um mestre adequado até que encontrou uma mulher, especialista em miniaturas, que vivia no Tibet e que se prontificou a ensiná-lo na arte de reprodução em tela. Atendendo ao seu pedido, retirou-se ele, indo para as montanhas onde deveria apreciar a natureza e observar as paisagens naturais até aprender o que precisava para retratá-las.
 
Magníficas belezas acomodaram-se em sua retina, as quais foram gravadas em sua memória: brotos, flores, ramagens, montanhas, céu, nuvens, pássaros, animais selvagens, tudo sentido, percebido e guardado em seu subconsciente.
 
Quando sentiu que já aprendera teoricamente o que precisava, voltou à rotina social para desenvolver na pratica, com a professora, a técnica milenar da reprodução com pincel, tela e tinta. Como era pobre, passou a morar com a senhora, que também só tinha o necessário para o próprio sustento. Já com varias telas produzidas, foi ao Japão para vendê-las e após alguns dias, retornou ao Tibet com malas cheias de presentes. Quando a professora viu o que ele tinha trazido, começou a chorar pedindo para que ele fosse embora.
- Por quê? (perguntou ele sem entender o motivo)     
- Antes (respondeu ela), nossa relação era de igualdade. Você tinha teto, amor, comida e tintas. Agora, ao me trazer estes presentes você estabelece uma diferença social entre nós. Se existe esta diferença, não pode existir compreensão e entrega...
 
Assim, a vida nos ensina a tomarmos cuidado com qualquer culto dirigido a nós próprios por qualquer pessoa, principalmente, por nós mesmos.
 
                                                                       MUITA LUZ!
Visite-nos: Banca Nova Luz (Av. Itaberaba +ou- 341-no muro do cemitério - (11) 3533.4964 e 2841.9061)  
www.spdefato.com.br                               www.bancanovaluz.blogspot.com.br                                                                               
ibraduch@hotmail.com                             Grato! E lembre-se: Em cada dia sempre há uma nova Luz

Comentários

Postagens mais visitadas