O TEMPO E O AMOR

Não falemos do Amor porque ele é cantado em verso e prosa por muitos. Falemos do Tempo que poucos param para analisar-lhe o amor com que nos envolve. Sim! Amor!
Não percebeu que é através do esquecido do Tempo que se desenvolve a paciência, se fortalece a virtude, solidifica-se a fé e traz o amadurecimento? E isso não é Amor?

Não estamos nos ocupando do tempo que as horas marcam porque sabemos que ele é relativo ao mundo em que vivemos. Falamos do Tempo de vida o qual não depende de horas, minutos e segundos apesar de valer-se deles, mas e sim da vivencia que vamos adquirindo com o passar das situações que vão ensinando-nos a valorizar o próprio Tempo.  

Pesquisemos com as pessoas idosas e com os casais que completaram as bodas de ouro ou com qualquer relacionamento de longa data. Duvidamos que o Tempo não tivesse sido primordial para que o Amor ou a amizade entre eles não tenha gerado companheirismo, benevolência, entendimento, enfim, um relacionamento de fazer inveja a qualquer outro que não tenha sofrido a ação do Tempo.


É certo que a reciprocidade independe da idade, mas temos a certeza de que na maioria dos casos de amadurecimento, a ilusão, o orgulho, a prepotência do nariz empinado, o egoísmo e o egocentrismo, não tenham sido transformados pelo Tempo em Virtudes que elevam a alma. Quantos que não dando tempo ao Tempo enfiam os pés pelas mãos? Quantos casais separam-se por antecipação por não terem dado a oportunidade para o Tempo consertar as coisas? Quantos que mesmo vivendo sob o mesmo teto não tem tempo um para o outro? Que mesmo vivendo juntos separam-se por falta de Tempo? E quantos que vivem em casas separadas dividindo famílias por falta do adubo do Tempo?


A beleza e a forma física, a juventude e a aparência, que são fases na vida e que aprisiona fazendo desprezar as grandezas e os valores que o Tempo enriquece, incentivando-nos a não plantar sementes de felicidade e alegria na visão da eternidade, porque agimos egoisticamente só para satisfazer aquele momento em que vivemos e que supostamente nos faz felizes para sempre, o qual só se dá valor aos frutos que germinarão depois que se perde trazendo-nos o remorso de não ter aproveitado o Tempo real para melhor ter vivido o próprio Tempo que se foi.



Não é a toa que os antigos contam que existia uma ilha onde viviam os principais sentimentos do homem: Alegria, Tristeza, Vaidade, Sabedoria e Amor. Um dia, a ilha começou a afundar no oceano. Todos conseguiram alcançar seus barcos menos o Amor. Solicitando ajuda para a Alegria, viu seu pedido passar em branco devido à algazarra que acabou abafando sua voz; Foi pedir à Riqueza que o salvasse e esta disse que nada podia fazer porque estava carregada de jóias e ouro e que com mais peso o barco afundaria. Então ele dirigiu-se à Vaidade que alegou que não o levaria porque estava ocupada em manter o barco extremamente limpo e bonito. Correu para a Sabedoria que também lhe recusou ajuda porque estava refletindo sobre a tragédia para escrever um livro sobre o caso. Não tendo com quem se socorrer porque não teve ajuda de ninguém, o Amor começou a afundar e quando estava quase morrendo, veio-lhe em seu socorro um barco conduzido por um velho que terminou salvando-o.

- “Obrigado (disse-lhe o Amor assim que se refez do susto), mas, quem é você?” (perguntou).

- “Sou o Tempo!” (respondeu o velho).



Como a vida ensina, dessa maneira entendeu-se porque só o Tempo é capaz de salvar o Amor.

           

                                                                        MUITA LUZ!



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