O DISCERNIR



Numa de nossas reuniões levantou-se o assunto da diversidade evolutiva do ser humano, onde, surgiu a conversa sobre a inteligência, o conhecimento e o discernimento. Neste bate papo descobrimos que quanto mais uma sociedade convive pacificamente com a diversidade, seja religiosa, política, sexual, social ou etnológica, mais ela demonstra estar evoluindo. A emancipação conquistada gera uma maior independência para o discernimento e isto não se pode negar, porém, quando o discernimento esta saturado de preconceitos, acontece a vulgarização da inteligência menosprezando o conhecimento.
Não há como não admitir que não se esteja caminhando evolutivamente no social, no moral e no físico. É só comparar os trogloditas do passado com os trogloditas da atualidade. Você dirá que não deixamos de ser trogloditas e confirmamos que ainda estamos longe de alcançar a angelitude destinada para nós por Deus nosso Pai, mas, também se confirmará o fato de que mesmo alguns tendo requinte de crueldades, muitos tem mais amor na bondade comprovando que a inteligência está ativando ondas de conhecimento que nos impulsiona para o bem estar geral. Assim, podemos afirmar sem medo de errar que a inteligência nos leva para todos os lados, o conhecimento nos coloca no caminho do meio e o discernimento nos dirige para onde quisermos ir.
A religião ainda é importante no nosso planeta. Muitos, ainda, precisam ser guiados para se encontrarem e muitos precisam da segurança que os dogmas e rituais oferecem. Mesmo que estes nos pareçam absurdo, devemos entender que nem todos estão preparados para assumir a responsabilidade individual que temos conosco mesmo para nossa evolução. Poucos conseguem transformar o sobrenatural em supernatural. Talvez este seja um dos motivos de procurarmos uma religião para nos controlar e servir de ponte para alcançarmos a plenitude do saber.
  Nesta reunião foi-nos perguntado se a forma do cálice altera a essência do vinho. Sabemos que pode modificar o sabor devido ao calor da mão, mas que, essencialmente, o vinho continua o mesmo. Assim sendo, deduzimos que as religiões são cálices de diversos formatos que melhor se adaptam às mãos que os seguram, mas que, se enchem com o mesmo vinho universal do Amor de Deus. Com este pensamento entendemos porque algumas congregações se utilizam de várias formas, ou se preferir, de dogmas e rituais, para despertar sua religiosidade.
Não é necessariamente a religião que desenvolve o conhecimento, mas é a vivencia da vida, aliada à inteligência, que ensina a ter discernimento porque faz parte da nossa evolução. Tanto que, contam os antigos que o pai, o filho e o neto passeavam numa praça e que em determinada altura viram um sapateiro ser destratado por um cliente, cujo calçado encomendado apresentou defeito. O sapateiro escutou calmamente a reclamação, pediu desculpas e prometeu refazer o erro. Logo após, entraram numa cafeteria para lanchar e viram o garçom pedir para um homem da mesa ao lado que movesse um pouco sua cadeira para dar mais espaço de passagem e o homem, abrindo as comportas de reclamações e de impropérios, negou-se a atender tal pedido. O pai, percebendo uma oportunidade de ensinar o filho, disse:
 -“Nunca esqueça o que vimos. O sapateiro aceitou a reclamação enquanto este homem ao nosso lado não quis mover-se. Os homens inteligentes não se incomodam de ser tratados como inúteis porque conhecem o valor de sua utilidade, e os verdadeiros inúteis sempre se julgam importantes para esconder a sua incompetência atrás da autoridade.” O avô, dentro de sua vivência disse:
 -“Filho! A vida ensina que nada é inútil na natureza. Nestes casos temos o sapateiro que nos confirmou que a tolerância gera a paciência, que desenvolve o Amor, que nos aproxima de Deus. No outro, temos o ensinamento do oposto que nos desenvolve o cuidado de não cairmos no mesmo erro, que é como adquirimos varias doenças, tanto no corpo como na alma e que nos acompanharão no nosso dia a dia.”                                            
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