EM SER RELIGIOSO
Na escola da vida aprendemos que um comerciante, ao ouvir falar de um sábio no Tibete, resolveu vender tudo o que tinha para viajar e conhecê-lo. Lá chegando, encontrou uma cabana simples com apenas uma mesa e duas cadeiras e poucos utensílios pendurados na parede. Percebeu algumas roupas cuidadosamente dobradas em uma cômoda sem portas. Desiludido porque esperava encontrar suntuosa residência perguntou ao sábio onde estavam as mobílias necessárias para se ter uma vida confortável e condizente com a categoria de guru como ele. O sábio respondeu com outra pergunta: - “Onde estão as suas?”. O senhor, abismado, disse que estava só de passagem e o sábio afirmou: -“Eu também”. Esta história foi contada e recontada por inúmeras pessoas e nós a estamos repetindo resumidamente para dizermos que não somos a favor da pobreza miserável, mas também não somos favoráveis à avareza que orgulhosamente denigre a religiosidade com falsa espiritualidade. Combatemos os excessos que escravizam nos tornando dependentes daquilo a que nos agarramos. Na atualidade fala-se muito em espiritualidade nas igrejas e a maioria dos fieis busca o pão da terra onde há o pão do céu, o conforto material onde há paz espiritual. Querem milagres e não se empenham em fazer acontecer, buscam soluções e continuam com os mesmos interesses. Sabemos que não é fácil ser religioso. Isso em qualquer religião devido à religiosidade ser de acordo com a evolução de cada um e como nosso mundo ainda é um vale de lagrimas, conquistar um degrau na escala evolutiva é uma vitoria a mais para o Espírito. É onde entra o sentimento de confiança, é onde aumenta a fé, é onde cresce a religiosidade. Preferimos, para nossa reflexão, falarmos sobre a pessoa religiosa no lugar da religião porque toda igreja, por abrigar seres humanos, sofre a influência humana nos seus contextos e por isso ela, a religião, deixa de ser 100% espiritual. Aí estão as diferenças nos dogmas e rituais para comprovar o que estamos afirmando. Mas, todas elas concordam que existe uma Lei que regula a tudo e a todos. Para expormos nosso pensamento tomemos como exemplo as congregações mediunistas. Todas em seu núcleo ensinam sobre ação e reação, causa e efeito, lei do retorno, livre-arbítrio, quem deve paga e outras sentenças que correm de boca em boca e que se fossem compreendidas em sua totalidade elevaria a religiosidade a altos patamares de espiritualidade. Também no nosso meio é ensinado que nos domínios do amor o adjetivo “mais” deve estar presente em nossas atividades do bem para nos colocarmos como apóstolos da nossa religião. Assim, teríamos mais serviço espontâneo e desinteressado ao semelhante, mais empenho nos estudos, mais zelo na obrigação, mais respeito pelos problemas dos outros, mais devotamento à verdade, mais cultivo da paixão, mais equilíbrio nas atitudes, mais brandura nas conversas, mais exercício da paciência e mais diversas outras virtudes ensinadas em todas as outras religiões. Afinal, é unânime que esta vida é uma escola e como aprendizes falhos que somos normalmente repetimos o ano até nossa religiosidade se igualar à nossa espiritualidade divina. Na maneira de cristãos que procuramos ser percebemos que somos religiosos apenas perante o mundo em que vivemos e em decorrência de como nossos irmãos nos vêem nas reuniões que participamos, decerto que, mesmo assim, trazemos uma legenda honrosa que deve ser respeitada, principalmente e em primeiro lugar, por nós mesmos. A importância de nossa religiosidade é o passaporte para a certidão da cidade do céu, ou se preferir, do paraíso que é o nosso ponto de chegada no amanhã já que estamos de passagem por este mundo de evolução. Aliás, todas as religiões convergem para esta afirmação e nós procuramos os tesouros que nos prendem a este mundo minando-nos em ser religioso.
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