A VIAGEM PRECIOSA



O baralho do Tarô original tem duas cartas do “Louco”. Uma no início dos Arcanos Maiores com a trouxa às costas, vazia e desatada e a outra, no final, com a trouxa cheia e amarrada, indicando que começamos nossa jornada sem nada, para terminarmos cheios de conhecimentos devido a levarmos conosco as vivencias adquiridas tanto pela nossa caminhada, como pela experiência que assimilamos dos outros.

Sabe-se que viajar só visando o destino e sem aproveitar a viagem, sem admirar as paisagens do seu caminho não é viajar e sim, simplesmente, chegar. Mas, a própria vida se encarrega de nos colocar frente a frente com tudo o que precisamos para aproveitar tal viagem. Alias, é quase universal que somos viageiros no mundo, tanto que circulou entre nós uma reflexão que diz que “a vida é como uma viagem num trem, com suas estações, suas mudanças de curso, seus acidentes... Ao nascermos pegamos o trem e nos encontramos com nossos pais, e acreditamos que sempre viajarão ao nosso lado, mas, em alguma estação, eles descem e nos deixam a sós na viagem. Da mesma forma, outras pessoas pegarão o trem e nos serão significativas: nossos irmãos, amigos, filhos e até mesmo o amor de nossa vida. Muitos descerão e deixarão um vazio permanente... Outros passam tão despercebidos quem nem damos conta que eles desocuparam seus assentos. Esta viagem estará cheia de alegrias, tristezas, fantasias, esperas e despedidas. O êxito consiste em ter uma boa relação com todos os passageiros, dando o melhor de nós. O grande mistério para todos é não saber em qual estação desceremos. Por isso, devemos viver da melhor maneira, amar, perdoar, oferecer o melhor de nós. Assim, quando chegar  o momento de desembarcar e o nosso assento estiver vazio, vamos deixar bonitas lembranças aos que continuam viajando no trem da vida”.

Como se percebe, pouca coisa do nosso roteiro já vem pronta e são de nossa responsabilidade as escolhas do caminho a trilhar para cumprir a nossa tarefa. É onde entra a famosa lei de ação e conseqüência. Não é a toa que circula outra reflexão como alerta deste efeito e que mostra a ironia da vida quando diz que se tem pressa de crescer para depois suspirar pela infância perdida; que se perde a saúde para se ter dinheiro e que depois perde o dinheiro para recuperar a saúde; que pensa ansiosamente no futuro e se esquece do presente e mesmo assim, acaba não vivendo nem o presente e nem o futuro, e que, quando se vive como se nunca fosse morrer e acaba falecendo sem nunca ter vivido.

Hoje os avanços científicos estão além daqueles do passado e a conduta moral atualmente está mais aprimorada do que antes e isto não se nega. Dessa forma, não crer que pode ser feliz, que vai ser feliz, que vai vencer o mundo algum dia, que vai conhecer o universo e seus segredos é o mesmo que ser miserável criatura que mesmo sendo rica financeiramente é pobre espiritualmente. Sabemos que a alma humana ainda é nova na senda da evolução. Portanto, o exigir, o gritar, o condenar, o esbravejar é excessos de criancices no adulto que não cresceu espiritualmente. O respeito à natureza, à dignidade do ser humano, ao resgate possível da sociedade, à não violência, à promoção do bem estar de todos, aos direitos individuais, aos deveres, à nossa fé, à outras ideologias, à mão que ajuda e ampara independente de placa religiosa, às boas obras tanto materiais como espirituais e enfim à qualquer iniciado de qualquer filosofia, seita ou religião que age em favor do bem social sem preconceito de qualquer tipo são ações que devem fazer parte de nossa viagem neste mundo para que alcancemos planetas mais evoluídos para nossa morada.

 Espelhemo-nos nas flores para viver: nascem no esterco e são puras e perfumadas; extraem do adubo mal cheiroso tudo o que é útil, mas não permitem que o azedume da terra manche o frescor das pétalas. Se assim procedermos, aí sim, compreenderemos que fizemos uma viagem preciosa e muito bem aproveitada.



                                                                         MUITA LUZ!



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