O AMOR PACIENTE ENSINA
A religião que o Cristo nos ensinou chama-se Amor Incondicional, e isto nenhuma das igrejas que se dizem cristã contesta. Ao contrario, aplaudem tal conceito. Complementando ainda este pensamento, pode-se afirmar que se adotarmos esta pratica viveremos a um passo do paraíso. Buscando esse Amor que chamaremos de Crístico, perguntamos se é ser, verdadeiramente cristão, menosprezar outras filosofias religiosas contrarias à nossa, nos colocando acima daqueles que professam outra fé. Continuamos perguntando qual a diferença entre passes, benzimentos, imposição de mãos, mesmerização, reiki, johrei, magnetização, descarrego e imantação entre outras atividades que se consistem em troca de energias? Nós, que nos intitulamos cristãos, colocamos o Cristo à frente de nossa vida e diremos a quem desejar nos ouvir que Jesus é a fonte inesgotável da Paz para os aflitos, o Caminho para os perdidos, a Esperança para os desolados, a Alegria para os tristes, o Remédio para os doentes (e por aí vai), o que é muito lógico, porém, não nos dá o direito de olharmos para os dissidentes como sendo portadores de ensinos malignos ou demoníacos. Nada mais justo do que colocarmos o Cristo à frente de nossa vida como nosso Orientador, nosso Mestre, nosso Amigo de todas as horas, mas, pelo fato de O aceitarmos como Luz de nossa vida não se tem o direito de apagarmos a Luz daqueles que não pensam como nós se o próprio Jesus nos deu exemplos de convivência fraterna com pecadores, doentes e excluídos da sociedade.
Platão foi aluno de Sócrates e mestre de Aristóteles e como professores nos deixaram ensinamentos e exemplos que se vivenciados tem-se uma vida digna. Igualmente Buda, Krishna e muitos outros que nos legaram tal qual o Cristo de Deus, caminhos de aperfeiçoamento que se trilhados alcança-se a iluminação, pois são baseados neste Amor Crístico que desenvolve a paciência e o respeito, onde se aprende que Fé não é somente crer, mas é o todo incluso no saber, no ver e no viver esta mesma fé, e que, Orar é ter a consciência na presença de Deus e Crer é ter Deus na consciência e isso independentemente da placa religiosa adotada. Além do mais, este mesmo Amor tão propagado pelas religiões nos permite aprendermos uns com os outros que, a exemplo dos ensinamentos de Paulo, tudo é lícito mesmo que nem tudo nos convém. Aprender de tudo com sabedoria e respeito e reter somente o que é bom é inteligência com amor, pois tudo nos ensina o que precisamos aprender. É só saber aproveitar. Lembramos um fato ocorrido numa instituição de ensino fraterno onde as aulas, muito concorridas, aconteciam neste clima que mencionamos. Entre os alunos havia um senhor que não parava de criticar o que ali era ensinado e que questionava todas as respostas obtidas pelo estudo. Era visível o descontentamento dos alunos, mas também era visível que o instrutor não se importava com tais atitudes daquele senhor. De repente o “chato”, que era como o chamavam às escondidas, parou de freqüentar as aulas e para surpresa dos alunos, o mestre foi atrás dele para trazê-lo de volta ao instituto, e o senhor só aceitou mediante um pagamento de um salário para ajudá-lo na sobrevivência já que sua vida era muito sofrida, e os alunos questionaram o mestre quase que a uma só voz: - “Mas como? Pagar para agüentar uma pessoa que nos atrapalha os estudos?” (diziam indignados) e o mestre, com seu exemplo de Amor Crístico que tudo compreende, perdoa e ensina. Disse: - “Na verdade o estou pagando para que continue a nos ensinar, a nos dar as suas aulas. Sem ele, vocês custariam a aprender o que é raiva, intolerância, impaciência e falta de compaixão. Este exemplo vivo, que nos mostra que tais sentimentos ferem a estrutura de quem os sente, também nos adverte para o quanto temos de pesquisar para o suprimento das perguntas que a vida nos faz através de seus questionamentos. Com ele aprendemos que quem reclama direitos normalmente professa egoísmo, que o verdadeiro aprendizado é nos colocarmos também como aprendizes mesmo sendo mestres, que o dono do saber está em todos os cantos da natureza e do mundo, que as pessoas que “batem o pé” como donos da verdade mesmo sabendo que mudarão seus pensamentos de acordo com o tempo de vida são sábios sem inteligência e não devem servir de exemplo para ninguém, pois o verdadeiro saber nasce na paciência que o Amor ensina e na vivencia deste aprendizado”.
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