A QUIMICA ESPIRITUAL
Aparício (lembra dele?) criou um personagem fictício para contar suas historias e o batizou de Zacarias. Imitando este irmão querido diremos que Zacarias vivia cada dia de sua vida como se fosse único. Olhava as pessoas que encontrava pelo caminho como se fossem especiais para sua amizade. A todos contagiava alegremente sua felicidade. Era como se tal encontro, mesmo que repetidas vezes, fosse como o primeiro dia que se conheceram. O espanto e a alegria de encontrar os amigos eram esfuziantes no abraço que lhes dava. Sua maneira de viver era inusitada.
A felicidade estava constante no seu dia a dia e sua desculpa para ser assim era que o Mestre Jesus chorou apenas três vezes conforme os Evangelhos (por si mesmo em Lucas 22,44; por um amigo em João 11,35 e por uma cidade em Lucas 19,41). Isto queria dizer que apesar da seriedade da sua missão, o Cristo viveu feliz e sorridente. “Ora, (dizia ele) porque não imitá-lo inclusive na sua alegria? Não era à toa que as crianças corriam para perto dele e os adultos o seguiam alegremente.”
Casado e sem filhos devido à sua esterilidade vivia para a esposa e também para todas as crianças que conhecia ou não, e aquelas que lhe eram estranhas procurava se aproximar da família para amizade pura e sincera. Assim era Zacarias que como seguidor do Messias, agia responsavelmente na vida, e vivia em paz com todos.
Compositor de rimas vivia cantando suas musicas, mas existia uma que ele constantemente cantarolava e que dizia: “Ontem vivia perdido em trevas. Hoje tenho você (a esposa), que me levas a porto seguro no enduro da corrida da vida. Ontem vivia opaco, apagado. Hoje tenho você (a esposa) ao meu lado irradiando a luz da minha lida. Ontem eu era grande pecador. Hoje, através de você encontrei o Salvador no teu amar, compreender e abençoar o meu dia a dia. Ontem, sozinho eu estava. Hoje não tenho mais a trava que me prendia isolado, pois, tenho família mui querida”.
Zacarias se dizia diferente. Afirmava que o ser humano era estranho e que ele não queria ser igual á maioria porque essa maioria, normalmente, briga entre si quando vivos e leva flores para os mortos; lançam os vivos na sarjeta e rezam por um bom lugar no céu para os defuntos; se afastam dos vivos e se ligam desesperadamente aos que morreram; ficam anos sem conversar com os amigos para depois homenageá-los depois de mortos; criticam, ofendem e brigam com as pessoas, mas os santificam depois que morrem; não ligam, não abraçam e não se importam com a família para depois se autoflagelar após o enterro de qualquer um deles. Ao que tudo indica (dizia ele), aos olhos cegos do ser humano, o valor da pessoa está no após a morte e não em vida, por isto, é bom repensar a vida e dar o devido valor ao próximo, honrar os de perto e os de longe e dizer que os ama, amando-os verdadeiramente. Na escala hierárquica (continuava ele), a Índia era dividida em castas. Tinha os sacerdotes (brahmins), os guerreiros e políticos, os camponeses, artesãos e comerciantes, os servos (sudras), os dalits, párias e intocáveis (marginalizados) sendo que, em todos eles, o alimento vira sangue, o sangue transforma-se em fio de cabelo, em unhas, em osso, em tecidos moles, em pele, em músculos, em nervos, em olhos, em maravilhas para todos e de forma igual, sem preconceito ou preferência por este ou aquele. Isto significa (finalizava), que este simples fluxo, comum a todos, alimenta diversas matrizes distintas umas das outras para que entendamos que Deus, que nos criou simples e ignorantes, mas com o potencial da angelitude para nos transformarmos em cidadãos do universo e co-participantes da vida em outra dimensão, em outros mundos, e, principalmente neste em que vivemos, tal e qual deve ser a química espiritual que nos une ao Amor do Cristo de Deus através de nosso amor ao próximo”.
Quanta razão o tinha em viver desse jeito e quão feliz ele era!
MUITA LUZ!
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