É BOM SER BOM

No nosso entendimento mimetização é o processo no qual um ser se ajusta a uma nova situação. Também é a adaptação de um sistema de vida sobre outra através da imitação e da simbiose que significa a eco interação entre duas espécies e ou associação intima entre duas pessoas.

A observação de quem se é no que quem se pode ser está na afirmação de que nada é igual a nada e de que tudo pode ser tudo. Isto porque nós somos protagonistas do nosso próprio enredo.

O envergonhado, o insolente, o casto, o libidinoso, o tagarela, o taciturno, o trabalhador, o preguiçoso, o requintado, o enganoso, o engenhoso, o tolo, o aparecido, o complacente, o mentiroso, o sincero, o sábio, o ignorante, o liberal, o avarento, o pródigo, o volúvel, o aborrecido e etc. estão contidos na índole humana e pode se manifestar através da educação no lar, do histórico familiar, das influencias sociais e ambientais, da predisposição genética e das más inclinações onde se destaca a imaturidade e o abuso físico ou sexual. Temos o habito de desviar a atenção para os efeitos quando deveríamos nos preocupar com as causas, o que faz com que os distúrbios mentais e as influencias espirituais fiquem em segundo plano nos estudos comportamentais do individuo.

As pessoas ingênuas, normalmente são incultas e por isso se deixam levar muito facilmente ao fanatismo e à imitação de seus ídolos, pois se deixam dominar pelo brilho fictício de pessoas inteligentes e cultas, mas dominadas por fascinações perigosas.

Estigmas de sofrimento, frustrações intimas, anseios e ideais longamente frustrados, o sentir-se prisioneiros da angustia do coração ou frutos das tumultuadas vivencias anteriores manifestadas na vida atual, são a base da obsessão que gera sintomas como o desconforto gástrico, enjôo, aflição, sensação de vazio, insegurança, mal-estar, falta de ar, pressão no peito, pressentimento de perigo e a sensação de algo quente e amargo subir do estomago e de se fazer sentir na garganta, trazendo o amargor da presença da morte, mostra que a pessoa está escrevendo a sua historia através do livre arbítrio mal utilizado.         

Qualquer assunto de obsessão normalmente começa pelo sexo e termina na falsa religiosidade porque muitas congregações estão distantes do Amor que pregam dando margens a confusões ante a ética social e a ética cívica. Sabemos que a disciplina com amor educa, e também, que o amor sem disciplina se perde no emaranhado de sentimentos que possuímos. Ora, é de senso comum que a racionalidade orienta e que a ciência ilumina; que o progresso acelera e que o tempo abre o leque dos rumos a tomar, mas, só o amor move a orientação da racionalidade, sacia a iluminação da ciência, delibera a aceleração do progresso e escolhe os fins dos rumos tomados, porem, sabe-se igualmente que os humanos, dentro do mimetismo e da simbiose que lhe são próprias, busca trilhar os caminhos percorridos pelas pessoas que, acredita, venceram na vida.

Isto nos dá a oportunidade de contar a historia judia do rabino que queria alcançar o Mundo Vindouro como o Céu é chamado entre eles. Para isso, deliberou ele imitar Moises e tentou durantes anos se comportar como seu ídolo sem conseguir os resultados esperados. Certa noite, exausto de tanto estudar, adormeceu. Sonhou que Deus lhe havia aparecido e que lhe perguntou qual o motivo de tanta exaustão e perturbação.

- “Meus dias na Terra estão terminando –disse o rabino- e ainda estou longe de me tornar como o profeta Moises”.

- “Se eu precisasse de outro Moises, já o teria criado –disse Deus ao aprendiz de profeta- quando você aparecer diante de mim para o julgamento, não lhe perguntarei por que não foste como Moises, mas, quem você foi, se você se libertou de suas imperfeições e se fostes bom.”

Assim, o Rabino Profeta entendeu que na vida, para se superar e vencer as dificuldades geradas por si mesmo, não precisaria imitar ninguém. Bastava que ele fosse ele mesmo e que, principalmente, fosse bom em todos os sentidos.                            MUITA LUZ!  

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