O PONTO-CEGO”



Existem pessoas que tem medo de mudanças nem que seja para estar de bem com a vida. Mudar significa alterar uma serie de hábitos e é quando aparece a “paúra” (receio) de perder a própria identidade. Outras se julgam indignas de alcançar o sucesso porque acreditam que as coisas boas só acontecem com os outros. Também tem aqueles que se apegam ao “Deus proverá” e se acomodam aguardando os acontecimentos caírem do céu. Isto sem falar nos que não acreditam no milagre da força de vontade e da fé que remove as montanhas de obstáculos que surgem no dia a dia. Não podemos nos esquecer daqueles que tem a sensação de que devem algo à lei divina e que por isso acreditam que não há alegria que não venha acompanhada da tristeza logo em seguida. Isso faz com que se deixe de crescer para não sofrer com este crescimento e assim, deixam de ser mais felizes. E aqueles que fogem do conhecimento porque sabem, ou tem a noção, de que a responsabilidade é do tamanho do saber? Não está nítido na parábola dos talentos que aquele que mais tem, mais lhe será dado e mais lhe será cobrado?      
É boca corrente que se quisermos conhecer uma pessoa, não devemos escutar o que os outros dizem dela, e sim, o que ela diz dos outros, porque, a tendência de mascarar o próprio defeito e espelhar suas imperfeições no próximo, é inerente ao ser. Também deve se levar em conta que ninguém é bom juiz em causa própria. Nosso ponto cego não permite vermos a nossa realidade humana cheia do instinto animal, já que nossa concepção da relatividade do certo e errado e do bem e mal é idêntico a fazer a caridade com o dinheiro alheio. Não é a toa que se afirma que a galinha do visinho é mais gorda, que a grama do lado é mais verde, que o tempero da vovó é mais gostoso e que o doce do outro é mais doce.
É normal pensar que a casa alheia é mais feliz do que a nossa e assim por diante? Por quê? Não será porque queremos imitar aquele que é sucesso em nossa imaginação? E porque imaginamos dessa maneira? Não será porque a opinião que temos a nosso respeito dificilmente coincide com a extensão de nossos defeitos e qualidades? Os argumentos sustentados em nossa própria característica da individualidade são excessivamente dolorosos, pois, perdemos a dimensão que reúne nossa personalidade para o convívio social devido aos sofrimentos que nos atingem através do modo operacional que nossa visão singular ocupa no universo.     Não há o entendimento de que o todo precisa das partes para ser o todo, de que a luz precisa da sombra para ser luz e que Deus precisa de nós para ser Deus, e, acreditamos que a ignorância desta verdade é que dá o privilegio de ser inimigo de si mesmo. Note que se estamos tristes, enxergaremos o lado sombrio da mesma coisa que se, ao contrario, estivermos alegres, enxergaremos radiosamente tudo o que vermos. Já afirmamos que Deus não exige que sejamos perfeitos da noite para o dia e sim que busquemos a perfeição constantemente, porque, além da natureza não dar saltos Ele conhece nossas limitações de estarmos no mundo ainda em evolução. Só teve um cuja verticalização espiritual se deu em linha reta o qual Nietzsche lhe deu a alcunha de “único e verdadeiro cristão” e, mesmo assim, morreu na cruz
Em Genesis 3:22 está escrito que o homem, por ser capaz de conhecer o bem e o mal se tornou como Deus, só que o exagero, a meia verdade, a omissão sutil em causa própria, a distorção interesseira, as manobras para adquirir lucro e a manipulação de consciências para alcançar o poder, faz com que o conhecimento do bem e do mal traga consigo a vergonha e a culpa. Santo Agostinho, em uma de suas orações, diz: “Ó Deus! Formosura sempre antiga e sempre nova – quão tarde te amei...! Tu estavas em meu coração – e eu te buscava lá fora... tu estavas comigo, mas eu não estava contigo... e então tu me chamaste em altas vozes... rompeste a minha surdez... relampejaste e afugentaste a minha cegueira... recendeste suaves perfumes em torno de mim, e eu os sorvia – e agora vivo a suspirar por ti... saboreei-te, e agora tenho fome e sede de ti... tocaste-me de leve – eu me abrasei em tua Paz. Quanto mais te possuo, tanto mais te procuro.... que eu me conheça a mim para que te conheça a ti.”

Foi aí que o ponto cego enxergou!      
                                                                              MUITA LUZ!
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