TUDO É BOM PARA QUEM SÓ VÊ O BEM!

                                               “Por traz de todo mal brilha a benção de Deus” (Chico Xavier)

Sabemos que aprendemos com as diferenças na natureza e por isto o preconceito é prejudicial á nossa evolução. Conseqüentemente, não acreditamos no mal como nos é ensinado por algumas religiões porque cremos que todo mal acaba se transformando em bem e por conseqüência, ele deixa de existir. Dessa forma, o “mal” é momentâneo e o bem se torna perene. Vejamos alguns exemplos, com a censura literária católica e com a inquisição, para o que desejamos transmitir. Não foram somente as pessoas consideradas feiticeiras e bruxas que foram perseguidas. Os Mouros seguidores do Alcorão, os Judeus devotos do Torá e também filósofos e cientistas porque estudavam e apreciavam temas embasados na ciência, na experiência e na razão já que, desde aquela época, tanto a ciência quanto a religião procuravam explicar a natureza e o universo, claro que cada uma a seu modo (a igreja pelo sobrenatural e a ciência através de provas pesquisadas). Nicolau Copérnico com seu heliocentrismo é um excelente exemplo desta disputa.  Os inquisidores se transformaram no terror em forma de gente. Bruxas, homossexuais, judeus, muçulmanos e protestantes foram vitimas dessa espécie de terrorismo. Escritores que tratavam de temas filosóficos, esotéricos, científicos, ficção, historias em geral, romances, poesias e de outros assuntos que faziam o leitor pensar e questionar a supremacia e autoridade da Igreja Católica também era vistos como perigosos para a doutrina. A censura literária (índex librorum prohibitorum, ou seja, índice dos livros proibidos) foi editada doze vezes de 1559 a 1966 e foi extinto pelo Papa Paulo VI. Casa Nova, Voltaire, Rousseau, Hume, Kant, Giordano Bruno, Descartes, Copérnico, Galileu, Francis Bacon, Diderot, La Fontaine, Vico, Dante Alighieri, Boccaccio, Vitor Hugo, Stendhal, Alexander Dumas, Rabelais, Balzac, Laurence Sterne, Heinrich Heine, John Milton, Jonathan Swift, Daniel Defoe, Gustave Flaubert , Anatole France, Jean-Paul Sartre, Nikos Kazantzákis, entre outros tiveram seus livros na censura Católica. O Código da Vince de Dan Brown e Harry Porter de J.K. Rouling também foram censurados pela igreja. Um caso que ganhou destaque na historia foi que no México, século XVI, foram destruídos na fogueira centenas de livros Maias com a desculpa de fazerem apologia ao diabo e por causa disso perdemos centenas de informações sobre esta cultura fascinante.

A palavra inquisição vem de inquisito e significa perguntar, procurar, inquirir. Vendo por este lado, a inquisição já existia, porém, de forma branda. Foi só depois que a Igreja Católica decidiu combater a reforma protestante, por meio da contrarreforma, é que os tribunais inquisitoriais se expandiram pela Europa. Em Castela (Espanha), na década de 1480, mais de 1500 pessoas foram queimadas vivas, na estaca, por falso testemunho, sendo que, a maioria delas nem sabia por que estavam sendo acusadas e levadas à morte, mas, graças à estas diferenças aprendemos que o evolucionismo de Charles Darwin, o positivismo de Augusto Comte, o Socialismo Cientifico de Karl Marx e o Espiritismo através de Kardec, estão presentes devido à perseguição católica. É claro que nada justifica tanto terrorismo, mas é fato que hoje cultuamos a liberdade de pensamento graças a estas barbaridades. Não fossem estes interesses camuflados no preconceito, talvez e acreditamos que sim, estaríamos estagnados evolutivamente, e estas “sacudidas” nos despertaram para o respeito alheio.

Também vemos esta “proteção” em vários reinos da natureza. Temos a historia de um carpinteiro e seus auxiliares que procuravam arvores para utilizar em construções de barcos, casas e telhados. Encontraram uma gigantesca cujo tronco cinco homens de mãos dadas não conseguiriam abraçá-la e tão alta que sua copa parecia tocar o céu.  O mestre carpinteiro disse para deixar esta arvore em paz, pois seu tronco não serviria para um barco e nem para telhados por ser extremamente pesado. Um dos aprendizes comentou que ela era uma arvore bonita, mas que, por não servir para nada era inútil tê-la ali. - “Você está enganado (disse o mestre-carpinteiro), nada neste mundo é inútil. Se ela fosse igual ás outras nós já a teríamos cortado, mas por ela ser diferente, ainda está aí, crescendo cada vez mais forte e robusta, e, servindo de abrigo amigo para quantos dela necessitarem, seja para sombra, para amparo ou para moradia de algumas aves, insetos e até mesmo, animais. Perceba que Deus aproveita e transforma tudo o que é ruim para uns em bem para outros, confirmando que tudo é bom para quem só vê o bem!”                                                         MUITA LUZ!  

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