A OVELHA PERDIDA
O Cristo disse que há mais alegria em ver um pecador que se penitencia do que noventa e nove justos que não precisam se penitenciar. Ainda nos dá as parábolas da dracma perdida, do filho pródigo, da ovelha encontrada e devolvida ao redil e daquele que estava morto e ressuscitou, nos mostrando que nos alegramos muito mais na recuperação das coisas perdidas, do que com as que nunca perdemos. Aprendemos com isso que quanto maior a dor, maior será a alegria na recuperação e que a alegria é sempre maior quando vem depois do sofrimento. Você nos perguntará se há necessidade desta dor para evoluirmos e nós lhe responderemos que não. Claro que se pode evoluir sem o auxilio do sofrimento, mas, neste mundo em que se vive, onde é a luz e a densidade que caracterizam a evolução espiritual, ainda carece do buril para a lapidação de nossa alma.
É preciso sair do casulo e da caverna, renovar as opiniões pessoais e antigas que estão arquivadas e enraizadas no nosso subconsciente formando grupinhos complexos e eletivos. É preciso estudar mais, participar mais e buscar novos caminhos, novas opções, sacudir o pó para dar, sempre, à volta por cima. É preciso abandonar a preguiça, o alcoolismo, a pornografia e as conversações inúteis já que em nada edificam. Também é preciso controlar os alimentos em excesso e que mais intoxicam do que alimentam. É preciso amar mais, abraçar mais, sorrir mais, confraternizar mais e ser mais amigo e mais família. Enfim, é preciso arregaçar as mangas para uma união fraternal maior, isto é, nos tornarmos verdadeiramente o “rebanho” pastoreado por Jesus.
A maldade, o ciúme doentio, o orgulho, a arrogância, o comportamento escandaloso, o egoísmo que só busca a satisfação de interesses próprios, a ira, o rancor, a injustiça, a mentira, a falta de perdoar, a falta de fé, da esperança nula e da paciência curta são a antítese do amor. É tudo fruto do desamor, se preferir esta palavra, porque como afirma Paulo, “o amor é paciente, é benigno, não é invejoso, não age temerariamente e nem precipitadamente, não se ensoberbece, não é ambicioso, não busca os próprios interesses, não se irrita, não pensa mal, não se alegra com a injustiça, e sim, se rejubila com a verdade alem de saber esperar, suportar, tolerar e em tudo crer”, pois quem ama verdadeiramente, vive para o outro. Diante destas considerações perguntamos se a religião foi instituída para ter religioso apenas dentro do templo? Não seria para aprendermos a praticar a religiosidade tanto dentro como fora? Em qualquer lugar? E principalmente no nosso lar?
Sabe-se que todo pastor de ovelhas tem seu cão fiel que o ajuda em seu pastoreio. Nas boiadas, nas vaquejadas, na cavalaria, na tropa, enfim, o boiadeiro, o vaqueiro e o peão, têm seu cão de estimação acompanhando-o em seus trabalhos. Levando estes fatos para o cristianismo, entenderemos o porquê de Jesus utilizar a parábola da ovelha perdida como exemplo para nos mostrar que, aquele que quiser se tornar verdadeiro cristão terá que entender que a ascensão espiritual requer luta, esforço, perseverança, suor, empenho e, infelizmente, neste mundo em que ele está vivendo, o sofrimento. Isto nos lembra o dialogo entre um curioso e o pastor de ovelhas:
- “Se uma ovelha cair na fossa, o que você fará?”
- “Eu a tiro e a carrego.”
- “Mas, se a ovelha se machucar. Se estiver ferida?”
- “Eu a curo, e mesmo sangrando a carrego.”
- “Mas, e se ela fugir para bem longe. Léguas e léguas?”
-“Bem! Não posso abandonar as outras para ir atrás, então, eu mando o cão buscá-la.”
Lembra que afirmamos que sempre tem um cachorro ao lado deles? Pois bem, neste caso estamos nos referindo á nossa evolução espiritual estagnada na podridão dos vícios humanos, então finalizaremos dizendo que quando os braços amorosos do Pastor não conseguir nos alcançar para nos salvar, ai aparecerá o cão com seus latidos e dentes afiados (dor) para nos colocar de volta na rota certa.
MUITA LUZ!
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