O DEDO ACUSADOR


Um dedo em riste, dependendo do dedo, tem vários significados, mas o que nos interessa neste momento é o indicador apontando para algo ou alguém.
É sabido que espelhamos nossos defeitos no nosso próximo e é por isso que é fácil apontar os erros dos outros. O difícil é utilizar o dedo acusador e apontar para nosso interior e enumerar nossos desvios de conduta. O conhece-te a ti mesmo é uma forma de mergulhar no intimo para se descobrir realmente como somos e a reforma intima tão propagada pelas religiões é o caminho para nosso aperfeiçoamento.

Salomão tinha mais de 700 mulheres e 300 concubinas; Sara mulher de Abraão, utilizou a escrava Agar para dar Ismael como filho ao seu marido. Imagine como deveria ser o apontamento da moralidade de ambos e como não seriam classificados na época atual. Mas, você dirá que a moral é relativa ao tempo, lugar e raça onde se aplica a norma de conduta e nós não discordamos desta tese, só que existe uma moral única, para todos os povos, a qual está gravada no nosso subconsciente como lei divina. Acreditamos também que é ela que faz com que tenhamos (pelo menos) a noção do que é certo ou errado, ou melhor, do que devemos fazer dentro de nossa vida para tornarmos este mundo (ou o outro) mais vivível. Dentro deste conceito é que se explica o porquê da aspirina ser um composto do salgueiro e porque os antibióticos vieram dos fungos. Ainda dentro desta idéia pode-se afirmar que a medicina alternativa é assim considerada por não ser compatível com a ciência, mas que, quando esta mesma ciência adotar tal remédio alternativo, ele deixará de pertencer à medicina alternativa. Pois bem, esta moral única que mencionamos está contida no equilíbrio natural do Universo e que se reproduz em ação e conseqüência na nossa existência, e é a mesma que nos faz afirmar que quando não queremos andar, a vida nos empurra.
Imagine que no Universo temos 100 bilhões de estrelas e que se quisermos dar uma volta por elas, a uma velocidade de 965 km/h, chegaremos na Lua em 1615 dias e em 17 anos passaremos pelo Sol e em 690 anos chegaremos em Plutão, para depois de 7 séculos, ainda nos encontrarmos no mesmo sistema solar. Isso devido à essa moral divina estar contida  no espaço/tempo da causa e efeito e na qual estamos todos sujeitos não tendo como alegarmos desconhecê-la porque ela está em nosso intimo desde quando adquirimos a capacidade de raciocinar. Foi por isso que o Cristo de Deus nos orienta para não julgarmos afirmando que com a mesma medida que medirmos, nos medirão a nós.

A parábola “o filho pródigo” mostra esta volta cósmica mencionada porque o homem sai de um lugar, passa por diversos departamentos e percebe que deve voltar se quiser continuar a evoluir. Tentemos explicar melhor contando a historia do abade que queria ser igual aos anjos. Então, ele abandona o mosteiro e vai para o deserto. Um tempo depois volta para o mosteiro e bate no portão principal.
- “Quem é? (pergunta o irmão-porteiro)”
- “Sou eu, o abade que queria ser igual aos anjos.”
 - “Não pode ser –disse o porteiro- este irmão está no deserto aprendendo a ser anjo. Nestas alturas ele já não sente fome, frio, sede e nem precisa trabalhar para se sustentar.”
- “Perdoe minha ignorância derivada de meu orgulho. Nesta viagem aprendi que os anjos ajudam a humanidade e este é o trabalho deles, mas, eu sou apenas um homem que se iludiu com o “dolce far niente” no deserto. A única maneira que descobri para atingir a contemplação angelical é a gloria do trabalho em prol das pessoas que necessitam. O jejum e a meditação ajudam a atingir a meta, mas é a moral única engajada ao Amor ao próximo sem o dedo acusatório em riste, aliado ao suor do corpo adquirido na caridade, que nos abre as portas da angelitude.”
Ouvindo as palavras do abade, o irmão-porteiro abriu as portas do mosteiro e recebeu o arrependido filho de Deus com um sorriso não só nos lábios, mas com o coração em gratidão pelo retorno do filho prodigo.   
                                                                               MUITA LUZ!  


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