É O SOBRENATURAL NO FANATISMO?


Desde que o mundo é mundo a atração pelo sobrenatural nos humanos se faz presente. Sabe-se que a mais ou menos dois mil anos antes do Cristo até cem anos depois de Jesus, os Celtas acreditavam que no período mais frio do ano, fantasmas e demônios ficavam à solta e para apaziguá-los deixavam leite e comida na frente da casa. Ainda hoje o halloween marca presença com a diferença de se oferecer guloseimas para crianças fantasiadas de bruxas, fantasmas e etc. como troca na frase “doce ou travessuras”. A palavra halloween vem de “all hallows eve” e significa “véspera do dia de todos os santos”, e como o dia de todos os santos é comemorado no dia primeiro de novembro, conseqüentemente o dia do halloween é no dia 3i de outubro. Também conta-se que Jack foi um homem condenado a vagar nas trevas pela eternidade e para iluminar seu caminho pediu uma brasa ao demo e a colocou dentro de um nabo.

Não muito distante no tempo, igualmente nos consta que São Teófilo, vigário da igreja de Adanas na Cicilia (Itália), teria feito um pacto com o diabo para ganhar posições dentro da Igreja Católica. Procurou um feiticeiro que evocou o capeta que pediu para o vigário escrever um contrato com o próprio sangue o que foi feito conforme o solicitado. No dia seguinte foi promovido a Bispo e com esta promoção a alegria misturou-se com o arrependimento fazendo-o decidir-se a ficar 40 dias em penitencia rezando para a Virgem Maria perdoá-lo. Ela lhe apareceu prometendo buscar tal contrato e certo dia, ao acordar, o documento estava sobre seu peito, o qual Imediatamente ele levou para outro bispo queimar. Teófilo ficou radiante ao ver a destruição do contrato o que lhe significou o perdão, no entanto sua alegria durou pouco, pois, passados três dias, ele morreu.
Tem também o caso de São Jerônimo que meditava às margens do rio Jordão quando se aproximou um leão com uma das patas ferida. Cautelosamente ele examinou-a e encontrou um grande espinho como causa do sofrimento. Retirada a dor, o leão jamais o abandonou e quando São Jerônimo faleceu, o felino deitou-se sobre a campa e ali ficou até morrer de inanição. Na historia “Androcles e o leão”, é feito o mesmo que São Jerônimo. Mais tarde, levado à arena como cristão perseguido, o leão que lhe coube por sorteio foi o mesmo tal que ele ajudou e, ao invés de devorá-lo, ele o lambia amistosamente.

O impulso do humano ao contar uma historia é sempre colocar uma pitada de fanatismo e de sobrenatural. Assim foi com a criação do homem no Genesis, com o pecado original, com a morte de Abel por Caim, do dilúvio, de Abraão como pai de multidão, de Moisés, dos Dez Mandamentos, de Tamar ser a nora de Judá, de Raabe ser a meretriz de Jericó, das dez tribos bíblicas, do Faraó no Êxodo, da arca de Noé, do discípulo amado do Cristo, dos autores dos Evangelhos, da Eucaristia como Santa Ceia, das revelações do Apocalipse, do Armagedon no Monte Megido, entre outros casos que deixaremos de mencionar. Tudo isto nos faz afirmar, dentro deste conceito, que o observar dos contados fixa o observado como observador, e o medir da causa precipita a medida no medidor. Isso significa que na quantidade em que se faz parte do que se conta, o ponto aumentado no conto amplia-se de forma descomunal abrangendo o tempo e o espaço da época em que se manifestou o falatório. Isto nos explica o que leva uma pessoa a pregar a palavra num ônibus, numa praça ou em qualquer outro espaço público com a alegação de que Deus o mandou fazer isso, ou que uma voz o incitou a tal ato, ou que foi despertado em êxtase (ékstase em grego=fora de si) para tal missão, ou mesmo que foi incentivado sobrenaturalmente a ser um apostolo do Cristo, ou missionário para ministrar os Evangelhos a todos os povos, inclusive os gentios da vida. Assim dá-se seqüência ao sobrenatural e ao fanatismo de outrora até o dia em que acordaremos para a verdade sem distorções.
Enquanto isso não acontece, temos que conviver com o sobrenatural no fanatismo e com o fanatismo no sobrenatural dando continuidade ao começado nos primórdios das religiões.

                                                                            MUITA LUZ!


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