EM BUSCA DO SUBLIME
Sempre existiram e existirão pessoas que buscam soluções para o bem viver em conformidade com o bem comum. Alguns, com certeza, enfiam os pés pelas mãos, mas, mesmo dentre eles tiramos ensinamentos proveitosos para confirmar os ensinos Paulinos de que “tudo é licito mesmo que nem tudo nos convém”. Ele ainda afirma que ”toda escritura é proveitosa para ensinar”, portanto, o “aprender de tudo e reter o que é bom” também dito por ele, é sinal de inteligência na boa vontade de se alcançar a sublimação espiritual.
De lá para cá várias filosofias surgiram e dentre elas a mais estudada foi a Deísta que foi criada pelos gregos e se estruturou consideravelmente com os cientistas e iluministas. Eles acreditavam que Deus era absoluto e que o homem não precisava seguir nenhuma religião para cultuá-Lo. Eram focados na razão e por isso não acreditavam no sobrenatural, ou em milagres, nem em profecias e tampouco em anjos ou demônios. Cultuava, simplesmente, a liberdade de pensamento, coisa que ainda hoje muitos líderes religiosos procura tolher. Thomas Hobbes, John Locke, Jean Jacques Rousseau e Voltaire eram ateístas entre outros tantos.
Destes pensamentos adotamos a liberdade do pensar e sem menosprezar o restante, acreditamos que a busca em comunidade é fortalecida na troca de idéias e a união mental, na devoção, fortalece a fé no divino. Quem estuda as historias dos Avatares no mundo, perceberá que após o encontro com a iluminação, eles se dedicaram a fazer os discípulos desenvolverem as qualidades necessárias para a conquista do saber e do encontro com a paz de espírito através da busca dessa iluminação.
É evidente que não são necessários Templos, Igrejas, Lojas, Mesquitas ou qualquer outra construção humana para se praticar a religiosidade. O próprio Cristo pregava ao ar livre e através das tarefas diárias. É certo que as aglomerações ajudam como já afirmamos, a semear e colher a convivência fraterna para que não se pense que as coisas sagradas pertencem apenas aos gigantes da fé, e sim que, elas estão ao dispor de toda a comunidade independente de sua evolução intelectual ou espiritual.
É sabido que nesta busca sublime haverá sonhos e ideais e que a não realização nos colocará em duvidas quanto ao caminho a seguir. Só que, na verdade, as duvidas funcionarão como alavancas para se descobrir os erros e as falhas e descortinar o rumo a tomar para que a alegria de encontrar se coloque ao nosso alcance. Nenhuma procura é inútil e não deve causar desgosto o não encontro com a verdade de imediato. Se Pedro não tivesse negado o Mestre, talvez ele não fosse o chefe da Igreja Católica; se o filho pródigo não tivesse abandonado tudo, não teria descoberto o quanto era amado pelo pai; se Buda não procurasse viver uma vida de sacrifícios, jamais entenderia os prazeres da alegria. É como se a vida nos dissesse, em segredo, que só entenderemos determinado valor do que temos quando perdermos e recuperarmos o que perdemos.
Talvez seja por isso que no nosso meio é dito que “o Mestre só aparece quando o discípulo estiver pronto”. Não adianta querer encurtar o caminho. Muitas pessoas passam a vida inteira se preparando para esse encontro e quando Ele aparece, entregam-se de corpo e alma nesta amizade, enquanto outras tantas, buscando atalhos, passam por Ele sem reconhecê-lo devido a, acreditamos, esperarem um encontro espetacular e cheio de efeitos especiais. E o Mestre, muitas vezes e quase sempre, se apresenta como uma pessoa comum, igual a todos os outros que tem a função de dividir aquilo que aprendeu.
Normalmente, os buscadores desejam encontrar facilidades. Adeptos da lei do menor esforço querem tudo mastigado para ser digerido mais rapidamente, mas, não é assim que funciona. Quem age dessa maneira não chegará a lugar nenhum e acabará se decepcionando e se agarrando ao primeiro que aparecer e o suportar a troco de benefícios materiais e particulares. É aí, com toda a certeza e nesse caso, é que o Mestre desaparecerá.
MUITA LUZ!
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