EM NOME DO PAI


Na Alemanha, em 1528, 170 Anabatistas foram presos. Destes, uma parte morreu na fogueira, outra teve a bochecha marcada com ferro em brasa e outra teve sua língua cortada. Tudo em nome de Deus.
Na Itália, em 1527, o exercito protestante de Carlos V invadiu e saqueou Roma. Centenas de católicos foram mortos e inúmeros templos foram destruídos. Dos 55 mil habitantes, apenas 19 mil sobreviveram à represália evangélica. Isto é, 36 mil pessoas foram mortas em nome do Pai.
Na Irlanda, Henrique VIII exterminou 998 monges dominicanos, além de confiscar diversas propriedades católicas. Sua filha, Maria, foi chamada pelos historiadores de “Maria Sanguinária” porque seguiu os passos do pai dando continuidade aos seus feitos.

Temos a inquisição católica, através do reino de Aragão que se iniciou brandamente em 1249 para depois, de 1453 a 1789, junto com Castela, entrar no auge da destruição daqueles que eram considerados hereges. De 1536 a 1821 tivemos a inquisição espanhola e a inquisição portuguesa e de 1542 a 1965 a inquisição romana que, em certa época passou a se chamar “Congregação Sacra Romana e Universal do Santo Oficio”. A inquisição terminou oficialmente em Portugal no ano de 1821 e na Espanha em 1834. Em 1904 passou a ser “Suprema Sagrada Congregação do Santo Oficio, e, de 1965 até os dias de hoje, denominou-se simplesmente de “Congregação para a Doutrina da Fé”.    
Bem, qualquer um que estudar as atrocidades feitas em nome das religiões (Católica, Evangélica, Budista, Hinduista, Muçulmana ou qualquer outra que promoveu a guerra e o caos, trazendo a miséria e o sofrimento para muitos), sem levar em conta os interesses mesquinhos dos seres humanos e só vendo os atos praticados em nome de Deus, com certeza, se tornará ateu. Agora, se o estudioso tiver a consciência de que Deus pode-se definir com tudo o que Ele não pode ser, descobrirá que as religiões deturparam Seus atributos. Também descobrirá que o nosso conhecimento baseia-se nos sentidos e para isso precisamos dos acidentes externos para a definição de qualquer coisa, inclusive Deus.
Sem a figura, dimensão, tamanho, cor, temperatura e etc., seria necessário um esforço de nossa parte para não atribuirmos ao Pai Eterno nossas imperfeições humanas, pois, Ele é em grau máximo e Ilimitado todas as variedades de perfeições existentes no universo, numa unidade simples e inconcebível a nós humanos. Portanto, ciúmes, mentiras, arrependimentos, vinganças, castigos e outras amorais que possuímos, pertence única e exclusivamente a nós que ainda buscamos a nossa perfeição.             
Da mesma forma que as virgens da deusa Vesta (as vestais) tinham que se manterem castas (puras) e a chama do templo sempre acesa mesmo não sendo confinadas e com o direito de ir e vir em sua plenitude, também nós devemos alimentar nossa religiosidade sem nos amarrarmos à religião escolhida, porém, mantendo sempre viva a chama da fé. Isso porque as religiões procuram endeusar os humanos e humanizar o Deus que professam e Nele não pode haver quantidade e nem peso e volume, isto é, nada que se lhe dê extensão e nem sabor, ou seja, determinações secundárias, finitas e mutáveis, pois, isso implicaria em complexo e imperfeição que é o que mais vemos nas escrituras antigas e que é impróprio para um Deus. Qual o exemplo que pode nos dar o deus que nos é apresentado na Bíblia e propagado nas igrejas? Com exceção ao que o Cristo nos mostra vê-se, nele, todos os defeitos dos humanos comprovando que este não é um deus que deseja ser amado, mas temido.

Isso nos faz pensar que se formos, em pensamento, no sentido ascendente, começando pela harmonia do universo, chegaremos até a lei da natureza que se mostrará imutável e idêntica para tudo e para todos. Daqui partindo para o corpo, iremos passar pela alma que o anima aonde chegaremos à inteligência para se descobrir a Verdade Absoluta que é Deus.
Como ainda somos guiados por nossos baixos instintos, conseqüentemente, para realizar nossas necessidades de sexo, poder, fama e etc., fazemos de tudo para satisfazer nossos interesses inclusive usando o nome do Criador e isso até os dias de hoje.   
                                                                             MUITA LUZ!


Visite-nos: Banca Nova Luz (Av. Itaberaba +ou- 341 - no muro do cemitério / (11) 3533.4964 www.spdefato.com.br / www.bancanovaluz.blogspot.com.br/ibraduch@hotmail.com                                                                                                                Grato! E lembre-se: Em cada dia sempre há uma Nova Luz!

Comentários

Postagens mais visitadas