O CANTO DA SEREIA
Conforme a mitologia grega e romana as sereias eram criaturas sobre-humanas, ninfas de extraordinária beleza e de um magnetismo sensual cativante. Viviam sozinhas numa ilha do Mediterrâneo, mas tinham o dom de chamar a si, graças ao irresistível poder de seu canto, navegantes que por lá aventuravam.
Em nossa comunidade aprendemos que o canto da sereia representa as ilusões que aparecem na vida e que nos cega, monopoliza e escraviza nos atando às desilusões geradoras no remorso.
Desde longo tempo há a preocupação com os desvios dos caminhos que o ser humano percorre porque, nestas vias, supostamente, é muito fácil se perder. A ilusão é tão grande que no mundo todo, por exemplo, duas pessoas por dia cometem suicídio e noventa mulheres fazem abortos diariamente, o que nos faz afirmar que o problema não é o numero de habitantes no globo, mas, como se vive neste meio onde há pouco esclarecimento moral, social e espiritual e muita ganância, prepotência, inversão de valores, diversas espertezas interesseiras e tudo o mais que são utilizados para absorver nossas idéias alterando nossos ideais, povoando a imaginação de falsas verdades, enfraquecendo a sensibilidade psíquica, minando as aspirações elevadas, introduzindo em nossa mente impulsos eróticos, trazendo afecções, transformando simpatias em antipatias, incentivando entusiasmos doentios e florindo as tentações que existem por ai a fora.
Muitas vezes a vida nos obriga a parar quando saturamos nosso intimo de perniciosidades. Aí é o momento de julgarmos nossos atos. É o momento de agir reagindo para a nossa melhoria de cada dia. É a hora de entendermos que no sofrimento revoltar-se é humano, vencer a revolta é sabedoria e ser derrotado por ela é lastimável.
Voltando às sereias, temos a historia de Orfeu que nos conta que quando ele percebeu que a embarcação foi atraída inadvertidamente pela ação das ninfas, ele impediu que a tripulação perdesse a cabeça tocando uma musica mais doce e sublime do que aquela que vinha da ilha. Com apenas uma exceção, os tripulantes atentos ao canto de Orfeu não deram ouvidos às sereias, nos comprovando que tudo depende do foco de nossas atenções. Assim, deduzimos que para vencer as tentações do mundo, devemos nos sintonizar com aquilo que nos servirá para atingirmos o fim desejado, que é a vitória sobre nós mesmos.
Os sintomas da síndrome do pânico podem se confundir com as de asma, diabetes, epilepsia, hipertireoidismo e com as alterações cardíacas. Também se confunde com a dependência de drogas alucinógenas e do alcoolismo. Isso nos dá uma idéia do que Ulisses sentiu se confrontando com o chamamento das sereias (interprete isso como as atrações mundanas). Ele nos dá um aprendizado para a atualidade, pois, reconhecendo sua fraqueza e falibilidade e, ao mesmo tempo corajoso e lutador, mandou que os tripulantes tapassem os ouvidos com cera e deixando seus ouvidos livres, ordenou que o amarrassem no mastro central e avisou que se ele exigisse com gestos e gritos, ou que apelasse para a chantagem emocional, que não ouvissem e que o prendessem com mais cordas e com redobrada firmeza. Dito e feito! Por diversas modalidades tentou que o soltassem e seus subordinados, obedientes à primeira ordem, não o obedeceram e as sereias, desesperadas diante daquela derrota para um simples mortal, afogaram-se de desgosto no mar. Isso nos mostra que a vitoria de Ulisses foi contra ele mesmo.
Pois bem! Considerando o canto da sereia como a tentação que nos perderá na espiritualidade, lembramos de um dialogo entre um mestre e seu aluno que perguntou qual o melhor remédio para vencer nossas más inclinações. Ele respondeu: -“Antes de falar, escute! Antes de julgar, espere! Antes de escrever, pense! Antes de gastar, ganhe! Antes de desistir, tente! Assim será um vencedor”.
MUITA LUZ!
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