MÉDIUM? ATENTAI! (2 de2)

Muitos pensam que com o afastamento dos protetores os sensitivos ficam à deriva e completamente desamparados. Isto é enganoso e muito utilizado por aqueles que fomentam a duvida, o desespero, o medo e a desesperança. Nós, mesmo afastados, estamos prontos para socorrê-los ao primeiro chamado verdadeiro de socorro. Jamais o médium é abandonado por completo, pois sabemos que um dia, cansados de tanto sofrimento, desejarão voltar ao caminho da Luz.

O estudo mediúnico, depois do desenvolvimento do Amor incondicional, é primordial para que se tenha uma mediunidade a serviço de Jesus para nós que somos cristãos. Os não cristãos, se quiserem estar aptos a entenderem a espiritualidade da congregação a que pertencem, também precisam se dedicar ao estudo, sem preconceito, das manifestações mediúnicas que acontecem em suas igrejas. Só assim, com conhecimento de causa, é que poderão se defender das investidas daqueles a quem chamam de inimigos. Quando foi solicitado aos Espíritos de Luz mandamentos que sirvam para todos os tempos, eles simplesmente disseram: “Amai-vos! Eis o primeiro mandamento. Instrui-vos! Eis o segundo.”

Sabiam eles dos perigos mediúnicos sem o amor ao próximo e sem o estudo na utilização consciente ou inconsciente deste “dom” que todos nós possuímos em diversos graus de atividade.

Já contamos a historia de Narciso como símbolo do orgulho e da vaidade, dois itens também muito utilizados pelo baixo astral para seduzir e envolver todos aqueles que se deixam levar por estas influencias. Para quem não a conhece, conta-nos a lenda grega que Narciso, fascinado por si mesmo, ia todos os dias contemplar seu rosto num lago e que certo dia, ao querer admirar melhor sua beleza, debruçou-se em demasia para chegar mais perto e se ver melhor, caiu na água e morreu afogado. No lugar onde ele morreu nasceu uma flor a qual chamamos de narciso, mas, Oscar Wilde (escritor), continua esta historia a partir deste momento contando que as Oréiades (deusas do bosque) viram que a água do lago havia se transformado em lágrimas salgadas. –“Porque você chora? (perguntaram ao rio).

- “Choro por Narciso” (respondeu o lago).

- “Ah, não nos espanta que você chore por Narciso. Afinal de contas (continuaram elas), nós sempre corremos atrás dele pelo bosque, mas você era o único que tinha a oportunidade de contemplar de perto sua beleza.”

- “Mas, Narciso era belo? (questionou espantado o lago).

- “Quem melhor do que você poderia saber? Afinal de contas, era em sua margem que ele se debruçava todos os dias”.

E o lago, pensativo e calado por um momento, por fim, disse: -“Eu choro por Narciso, mas jamais havia percebido que ele era belo. Choro porque, todas as vezes em que ele se debruçava sobre minhas margens, eu podia ver, no fundo de seus olhos, a minha própria beleza refletida.” 

A vaidade das vaidades, presente neste conto nos mostra o quanto somos frágeis em questões de nossa vulnerabilidade. Em determinados momentos de falibilidade damos acesso aos Espíritos que deseja nos desviar e quando deixamos nos enredar por determinadas situações, a mediunidade, de certa forma, fica suspensa em nosso meio, mas não é uma suspensão como ensinam no senso comum, porque já foi comprovado que outros espíritos ocupam o lugar vago, digamos assim, para monopolizar e subjugar o incauto. Somente em casos de extrema gravidade na saúde, pondo em risco a vida do enfermo, é que a mediunidade ostensiva é paralisada, ficando ainda a intuição e a inspiração como fator mediúnico.  

Oxalá que com estas poucas linhas despertássemos a vontade de estudar e educar este sexto sentido ainda tão incompreendido. Oremos a Jesus que isto aconteça e que Ele nos ilumine nesta procura.       

                                                                                   PAZ E LUZ!

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