NATANAEL / BARTOLOMEU – APÓSTOLO
Nascido em Canaã da Galiléia, foi apresentado a Jesus por Felipe, o qual não sabemos ser ele um dos seus melhores amigos ou seu irmão. O nome Bartolomeu vem do aramaico com uma referência paterna,
Bar Talmay – filho de Talmay. Outros afirmam que esta denominação vem de Bar Ptolomeu, ou seja, filho de Ptolomeu, o que não cremos porque este nome vem do Grego e ele era como já afirmamos Galileu, mas, como tudo é possível, não podemos deixar de mencionar esta tradução porque não há nenhuma narração bíblica que trata a respeito dele especificamente, constando apenas na lista dos doze.
Entretanto, mesmo não sendo ele muito documentado, a tradição o localiza pregando em lugares distantes da Palestina como Índia, Armênia, Irã e Síria, e, por algum tempo, na Grécia junto com Felipe.
A frase “de Nazaré pode vir alguma coisa boa” (João 1,46) é atribuída a ele, mas quando o Cristo lhe dá um elogio no tocante à sua fé (João 1,47) e diante da resposta do Messias recebida em seu coração é que acontece a conscientização de que ele estava diante do Mestre tão esperado.
Os textos congruentes de Mateus, Marcos e Lucas concordam com seu nome ser Bartolomeu, mas em João ele é chamado de Natanael, que significa “deus deu” o que não importou para que alguns o colocassem como autor do apócrifo Evangelho de Bartolomeu. Muitos afirmam que ele foi martirizado na Armênia, onde por ordem dos sacerdotes locais, teve sua pele retirada, sendo depois, decapitado, em Albanópolis na Caucásia, província russa do Daguestão a mando do governador, tanto que na Capela Sistina ele é pintado segurando a própria pele na mão esquerda e na outra o instrumento de seu suplicio, um alfanje, ferramenta laminada usada para ceifar cereais ou cortar ervas. Outros informam que ele seguiu como missionário na Índia e lá crucificado de cabeça para baixo. Os estudiosos colocam a data de sua morte no dia 24 de agosto de 51 d.C.
Como já afirmamos, somente após o reconhecimento do Ressuscitado e no dia de Pentecostes é que eles passaram a cumprir fielmente a missão que lhes fora confiada, contribuindo para isso a conversão das três mil pessoas, ali mesmo, na manifestação dos Espíritos falando sobre os ensinamentos ministrados pelo Mestre Amado.
Percebe-se pelos escritos a independência de cada escritor, pois, além dos diversos conceitos práticos que cercam tal idéia, há outros tantos aspectos subjetivos que implicam nas escolhas profundas de cada um. Uma dessas facetas está ligada ao grau de importância que damos às coisas, às sensações e às pessoas que nos cercam e em contrapartida, ao valor que damos à nossa liberdade de decisão, de opinião e de posturas de vida. Assim nos mostram os Evangelhos fazendo-nos perguntar a nós mesmos até que ponto podemos amar, ter consideração e respeitar nosso próximo e tudo o que nos cerca, preservando nossa liberdade e permanecendo soberanos sem desmerecer pensamentos que não coadunam com os nossos e sem cairmos nos abismos dos preconceitos que assolam aqueles que acreditam, entre aspas, terem encontrado parte da verdade absoluta como verdade total.
Os princípios Crísticos abrem uma nova era para o Espírito humano, compelindo-o à auscultação de si mesmo, no reajuste dos caminhos traçados pelo Nazareno ao verdadeiro progresso da alma, sendo ele mesmo (Jesus) o disciplinador de nossa liberdade, consoante com as normas da Eterna Justiça elaboradas pela Causa e Consequência, e assim, superarmos nossos deslizes perante as Leis de Deus, dando-nos, sempre, a oportunidade de refazimento para alcançarmos a Lei do Progresso.
A vida de Bartolomeu nos prova que, qualquer um, mesmo não tendo grandes feitos, mas permanecendo em sua fé com boas obras, independente da igreja escolhida como diretriz de sua vida, pode ser aceito no apostolado do bem, bastando para isso ter o coração aberto para o Amor Incondicional ensinado e exemplificado pelo Cristo de Deus. Estamos errados? Acreditamos que não!
PAZ E LUZ!
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