TEOLOGIA DA PROSPERIDADE
O medo do inferno já não existe mais. A razão, um pouco mais desenvolvida com o tempo, não aceitou a ideia de um lugar especifico e perene de sofrimentos tormentosos. A concepção de um Deus implacável em seus castigos não mais é aceita. O Pai Amoroso e Justo apresentado pelo Cristo Jesus passou a ser admitido nas maiorias dos corações humanos. O paraíso, com toda sua beatitude começou a ser visado. A felicidade profunda de quem desfruta a presença deste Deus Magnânimo e que poderá ser atingida em seu primor na vida eterna destacou-se imperando nos púlpitos das igrejas.
O estado permanente da perfeita satisfação e plenitude, somente alcançada pelos sábios, está presente nas pregações religiosas. Foi Aristóteles (384-322 a.C.) que condicionou a felicidade beatifica ao significado religioso e assim, foi usada e refletida por longa tradição filosófica.
Todos somos livres para escolher nossas crenças e a maioria das religiões creem na recompensa ou no castigo (se fostes bom serás recompensado, se fostes mau serás castigado). A fonte destas “graças” é de longa data. Céu e inferno, anjos e demônios sempre povoaram o imaginário humano e era, então, necessário distinguir o bem e o mal, surgindo assim o paraíso, o inferno, o purgatório e o limbo. O além tumulo são diferentes na forma, mas iguais na essência, servindo de fonte de inspiração artística e de “freio” utilizado pelas religiões através do medo imposto como meio de “frear” os mais baixos instintos humanos. Aliás, já falamos a respeito na reflexão anterior com o título “Teologia do Medo”.
Não podendo conceber senão o que via, o homem primitivo estampou, naturalmente, o seu futuro da vida presente. Para compreender coisas diferentes das que tinha sob os olhos, faltava-lhe o desenvolvimento intelectual que só deveria realizar-se com o tempo, o qual chegou questionando que usufruir o Céu só depois de morto não haveria lá muita vantagem. Teria que “morrer” primeiro para depois ir para o paraíso e porque não construir aqui, neste mundo, o Céu tão almejado? O desfrutar das bem aventuranças estando vivo iniciou a manifestação nas mentes, distorcendo o conceito de transformação do mundo em que se vive no Éden sonhado, para a obtenção das “graças divinas” através das congregações religiosas. Surgiu então, no fim do século passado, uma corrente religiosa que prometia que Deus proveria recompensas, incluindo a felicidade pessoal, riquezas materiais e saúde física para os crentes que tivessem fé suficiente para ofertar e dizimar.
Começou nos Estados Unidos e está tomando o mundo. Eles destacam passagens dos Evangelhos que enaltecem seus ideais e escondem as que destroem a ótica do claramente absurdo. “Exijo, decreto, declaro, determino e reivindico” são palavras de ordem e por isso constantemente faladas. “Peço, rogo e suplico” não estão no contexto e nunca, jamais dizer “se for da Tua vontade”, esquecendo-se o “Pai, se queres, afasta de mim este cálice; contudo, não seja feita a minha vontade, mas a Tua” dito por jesus em Lucas 22:42.
O nascimento da Teologia da Prosperidade fez gerar a pergunta: “será que as Leis do Céu são iguais às de Cezar, favorecendo aquele que dá mais e esquecendo o que nada pode oferecer a não ser sua boa vontade e seu Amor? O Óbolo da viúva, narrado em Lucas 21:1-4, não serve como modelo para esta teologia? Acreditamos que não! E você?
PAZ E LUZ!
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