Familia





                                                      (Sem família dificilmente haverá evolução)

Somente a reencarnação poderá explicar satisfatoriamente os conflitos, as desarmonias, os desentendimentos entre pessoas que se dizem pertencentes ao mesmo núcleo doméstico. Vejamos:
  Fazemos distinção entre família e parentela. Parentela é ligação consanguíneo; primos, irmãos, tios e etc. são parentes; família é afeto espiritual. Isto explica o porquê de considerarmos pessoas estranhas ao círculo parentesco como se fizessem parte de nossa família e também das desavenças existentes nos lares porque, normalmente, é permitido que “parentes” nasçam no mesmo lar para aprenderem a ser “família”, já que o amor materno, paterno e entre irmãos, ajudará a harmonizar as contendas, ou antagonismos existentes entre eles.
 Em todos os tempos nós acreditamos, por intuição, que a vida futura deveria ser feliz ou infeliz segundo o bem ou o mal que se tivesse feito neste mundo, mas, o julgamento que fizemos a respeito estava em relação com o desenvolvimento do nosso senso moral e com as ideias, mais ou menos justas, que possuímos do bem e do mal. Com isso, a noção de Ação e Reação ficou distorcida em nossa mente. Após análise mais profunda da Lei de “causa e efeito” chegou-se à razão dos atos e consequências, isto é, toda ação gera uma consequência cujo final não se poderá duvidar, mas, então, onde encontrarmos respostas para as antipatias que aparecem no meio de nossas descendências? Ora, percebe-se que tais animosidades vem de berço e como entender que crianças que não tiveram, ainda, influencias do meio social já trazerem estes instintos enraizados?
 Nos princípios da Lei da Reencarnação, os laços do Amor ou do Ódio acompanham o ser em suas peregrinações onde ele estiver e, somente, o Amor o libertará das perseguições odiosas. Sendo assim, a pergunta que não quer calar é: onde a fraternidade terá mais forças para imperar? Não é no meio familiar que se poderá “purgar” tais diferenças?
 A família se forma com laços para durar porque o Amor que se acende, de Espírito para Espírito, não se desintegra com a morte e sempre se reencontrará no agrupamento do lar, como parente ou como amizade. Nossa vida é um momento que passa e o que nos conforta é sabermos que somos filhos da eternidade e que nossos instintos são reflexos predominantes que ainda carregamos em nosso interior. Esconder nossas fragilidades não as elimina. Aceitando-as e encarando-as e evoluindo-as para bons sentimentos e emoções, sim!
 Somos seres espirituais em evolução e não devemos esconder de nós mesmos nossas amorais. Não podemos fingir que não sentimos raiva, frustrações, medo e etc. O que não podemos é deixar-nos descontrolar por tais sentimentos, sermos dominados por eles. O primeiro passo para lidarmos com tudo isso é o reconhecimento de que eles existem em nós, e o segundo é a aceitação para em seguida vir a transformação positiva que irá eliminar tais disposições. O orgulho, a vaidade e outras vocações negativas pertencem à humanidade em evolução e são necessárias para que o “Ser” consiga evoluir. Será através do refinamento destas emoções que se alcançará tal aperfeiçoamento e, consequentemente, a angelitude, porque, na vida nada se perde, tudo se transforma nas trocas de experiência. Quando “algo” se vai é porque não precisamos mais dele, já que, “algo” melhor estará conosco.
 Sendo o “lar” o melhor cadinho para nos purificar, podemos afirmar sem medo de errar, que ele tem a função de aliviar, curar, consolar e esclarecer as almas que necessitam desta fraternidade. Erramos nesta reflexão? Acreditamos que não!

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