A DIVINDADE DE JESUS 3/3

  Alguns se apegam na afirmação de João que diz que o verbo se fez carne e o verbo estava com Deus e o verbo era Deus para firmar a divindade de Jesus. Em João 1:1-14 lemos que “O Verbo se fez carne e habitou entre nós e vimos a sua gloria, qual a que o filho único havia de receber do Pai; e ele, digo, habitou entre nós, cheio de graça e verdade”. Esta passagem evangélica é a única que, a primeira vista, parece encerrar uma ideia de identificação de que Jesus era Deus. Serviu como base a tal respeito. A divindade de Jesus surgiu gradativamente das discussões levantadas a proposito das interpretações que alguns leram as palavras verbo e filho como sendo os mesmos. Só no quarto século uma parte da Igreja a adotou em principio. Diante dessa feita deduzimos que semelhante dogma resultou ser da visão humana e não de uma revelação divina. 

 Ora, com efeito, o Verbo é Deus. Tendo recebido diretamente a palavra como missão de revelá-la para nós, Jesus a assimilou em toda sua totalidade. Em outras palavras, o verbo divino encarnou nele que a trouxe consigo ao nascer, assim, “o verbo se fez carne e habitou entre nós” como um embaixador que transmite as palavras de seu soberano, sem ser o soberano.    

  Para nós, Espíritas Cristãos, Jesus é o Governador Espiritual deste Planeta, além de ser seu construtor. Tudo foi feito por Ele e para Ele e segue com Ele em seu comando. Representativamente não dizemos que alguém é Rei num determinado assunto, um deus em seu metiê? Pois então?  

 Platão recebe suas inspirações no cimo do Himoso, Maomé no monte Hira, Moisés no Sinai e Jesus no Monte das Oliveiras. Não dizemos que Pietro Ubaldi é médium da filosofia católica e que Moisés foi médium de Jeová? Se acreditarmos que mediunidade é a mediação entre nós e a espiritualidade o que impede de dizermos que Jesus é o Médium de Deus? Nosso criador conversa com os homens pelo próprio homem e na medida do entendimento de cada um. Orfeu, Hermes, Krishna, Pitágoras, Abraão, Isaias, Ananias, Ezequiel, Daniel, Joel, João Batista, os Apóstolos, enfim, são pelos profetas, videntes, missionários, mensageiros, os homens de gênio, os santos, filósofos, sábios, artistas, inventores e por muitos outros que a Espiritualidade, como enviados dos Céus, se fazem entender pela humanidade as virtudes que Deus quer que aprendamos com eles e por  Ele. 

 Profetizar não significa unicamente predizer ou adivinhar, mas ser a manifestação de um Espirito que pode ser bom ou não. Encontraremos na Bíblia expressões como “o peso do Senhor caiu sobre mim”, o “Espírito do Senhor entrou em mim” a “mão do Senhor pesou sobre minha vida” que são palavras que traduzem, claramente, a sensação da ação de Deus sobre a pessoa, mas que, não necessariamente, seja Deus o autor destas ações.  

 Não foi a toa que o Cristo disse que veio para fazer a vontade do Pai e fez tão bem que ainda hoje o confundem com Ele. Mas, independente disso, perguntamos se podemos encher de mel a taça cheia de vinagre? Por mais que se misturem os dois, o mel sempre será mel e o vinagre sempre será vinagre, mesmo que inventemos um vinagre doce, não é mesmo? 

Para finalizar diga-nos quem tem mais valor? Aquele que nasce com superpoderes ou o que os adquiriu por mérito? Estamos errados? Acreditamos que não! Assim vemos a divindade de Jesus, e você? Antes de responder atente que as tentações agem de acordo com o intimo alimentado pelo próprio tentado. Pense nisto!  


                                                                      

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