INIMIGOS DE NÓS MESMOS

                (Muitos tem a razão esclarecida e poucos a tem iluminada) 

 

Ao assistirmos uma palestra de um irmão muito amado, ficamos extasiados com sua eloquência e vontade de nos instruir, só que, quando ele lançou no ar a pergunta “quem são nossos inimigos” ficou sem a complementação, isto é a explicação da frase que nós somos inimigos de nós mesmos, respondida a ele. Porque somos nosso próprio inimigo? É o que vamos tentar descobrir. 

Analisando o arco-íris percebemos que as cores, lado a lado, funde-se em alguns pontos para caminharem juntas o que nos levou em pensamento na diversidade humana que deve fundir-se em algumas partes para que nos auxiliemos mutuamente nesta caminhada evolutiva e alcançarmos o objetivo da perfeição proposta para nós pelo Pai do Céu. É sabido e entendido que nossas ações geram reações que nos fazem entrar em equilíbrio moral. Dentro deste conceito, dito inclusive por Jesus na afirmação da colheita obrigatória, colheremos aquilo que plantarmos porque o Universo nos devolverá tudo o que lhe mandarmos.  É por isso que nos ensinam que tudo o que fizermos aos outros, fazemos também a nós.  

Ora, se vamos colher o que plantamos, é presumível que a Lei do Retorno se fará presente em nossa vida, então, por isso, cuidemos que nossas palavras, atitudes, ações e intenções não estejam camufladas com as vozes mansas do veneno dissimulado, pois, a pior obsessão é aquela em que um se adere ao outro gostosamente, tornando-se um dependente do outro já que se alimentam reciprocamente. Como não existe patologia sem desiquilíbrio psíquico e nem flora microbiana sem clima adequado a obsessão não passa de um estado anormal da mente, subjugada pelo excesso de suas próprias criações que pressionam o campo sensorial, acrescida da influencia direta ou indireta de outras mentes encarnadas ou não, atraídas pelo próprio reflexo irradiado. Não se deve esquecer que para ser obsedado não é necessário ser médium ostensivo, isto é, trabalhador de uma casa espírita, pois a mediunidade está presente em todas as religiões porque ela nada mais é do que percepção extra-sensorial, ou se preferir, percepção espiritual que todos têm. 

É nos ensinado que a porcentagem de Espíritos que se asilam nos educandários próximos à Terra apenas 18% são vitoriosos, 22% são melhorados, 26% imperfeitamente melhorados e 34% mais onerados ainda, o que vale dizer que não é a toa que nosso planeta ainda seja de expiação e provas. Neste mundo de choros e ranger de dentes sente-se ainda o veneno das víboras ingratas, o instinto dos lobos famulentos, as ciladas das raposas, o impulso sanguinário dos tigres vorazes, a vaidade e o orgulho dos leões. Somente a evolução moral poderá transformar esses instintos e sentimentos em qualidades para o Espírito imortal, modificando os planos e vibrações, mas, conservando a mesma essência espiritual que é o “folego de Deus “ a nos incentivar a progredir.  No túmulo de Emile Petron está escrito que “os mortos são os invisíveis, mas não são os ausentes” nos informando que não estamos sozinhos neste vasto Universo onde influenciamos e somos influenciados por mentes afins. Enfim, se a semeadura é livre, mas a colheita obrigatória, porque não fazermos aos outros tudo o que gostaríamos que nos fizessem? Se fizermos coisas más ao próximo com certeza receberemos a maldade dentro desta lei infalível que é o retorno de tudo que semeamos na vida. Conseguimos descobrir porque somos inimigos de nós mesmos. Acreditamos que sim! 

                                               MUITA PAZ! 

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