TEMPOS CHEGADOS

Quando vai chegando a noite, dizeis: Haverá tempo sereno, porque o céu está vermelho, e pela manhã: Hoje haverá tempestade, porque o céu se mostra de um avermelhado sombrio. Sabeis julgar do aspecto do céu, e não podeis conhecer os sinais dos tempos? (Mateus 16:2-3). 

 Eia! Venha, irmão! Corramos em busca de uma igreja, pois os tempos são chegados. Como? Não acreditas? Pois veja que em tempo algum se fala tanto em religião como na atualidade. Não percebes quantas igrejas estão fazendo milagres por aí? Quantas que se colocam de esquina em esquina apregoando a solução para o fim dos tempos? Quantas que, com a Bíblia debaixo do braço se enaltecem como o  verdadeiro abrigo contra os cataclismos do fim do mundo? Ora, irmão! Corramos. Precisamos nos abrigar. Busquemos uma destas igrejas para nos salvarmos. O que? Que dizeis? Que igreja não salva ninguém? Que o que salva é a religiosidade independente da religião escolhida? Que a religião é dependente da religiosidade e que os religiosos são dependentes da religião? Isto não é um jogo de palavras? E se for assim,  meu irmão, qual a finalidade da religião? Não é salvar os perdidos, ajudar os necessitados, orientar os desviados e amparar os estropiados? Então? Que me dizeis? Sim! Entendo! A função da religião é tudo o que falei e mais ainda, servir de apoio para a busca da divindade! Sei! Mas, esta busca não é interior e individual? Ha? Que pessoal é a conversa com Deus? Que a busca sendo coletiva é mais rápida e menos egoísta? Que? Tem mais? Que a religião é apenas o meio e não o fim de se conseguir a salvação? Que ela deveria orientar os fiéis para a irmandade sem preconceito o que o Cristo ensina? Mas, não é isso que elas fazem? Naaão? Concordo, pois cada uma quer ser a maior, ou melhor, do que a outra, mas, que importa meu irmão? Não foi Jesus que disse para nós buscarmos as coisas do céu? Como? A igreja é física e composta por humanos e que por isso está cheia de egoísmo, vaidade e inveja? Que é por isso que ela está repleta de defeitos humanos? Que as coisas do céu que o Cristo se refere são a bondade, o amor, o perdão, a mansuetude, enfim, a paz? Pergunto a você irmão: não há paz nas igrejas? Claro que há. É na igreja que você encontra alento para respirar, paz para viver, força para vencer e apoio para seguir. Concordas? Ufa! Até que enfim concordamos com alguma coisa. Como? Há restrições? Como assim? Além de tudo isso que falei também há falsidades, interesses mesquinhos, meias verdades e intolerância? Que importa? Busquemos outra então para nos abrigarmos. Que? O melhor abrigo é a conversa direta com Deus? A aceitação de Suas Leis, o discernimento sobre elas e a luta para mudar para melhor o que se pode mudar em nossa vida? Não entendi! Há? Sei. É o faça-se a sua vontade Pai, mas sem ficarmos de braços cruzados. Ah! Agora entendi! Mas, então para nos salvarmos basta vivermos a vida que Deus nos deu de forma que nossa consciência não nos culpe? Claro, porque não pensei nisso? O amor ao próximo, o amar a Deus acima de todas as coisas, o não fazer aos outros o que não gostaríamos que nos fizessem e fazer a eles tudo o que gostaríamos que nos fizessem é a única religião verdadeira. Então, podemos nos abrigar nela? Sim? Eia irmão, corramos para ela porque o tempo urge já que os tempos são chegados e, tanto ontem como hoje, confundem-se no julgar do aspecto do céu para nos ajudar a viver na cristandade. Ouçamos, então, o que diz Tereza de Calcutá para discernirmos o melhor a fazer: “O fruto do silencio é a oração; o fruto da oração é a fé; o fruto da fé é o amor; o fruto do amor é o serviço; o fruto do serviço é a paz” e nós complementamos fechando o circulo divino dizendo: o fruto da paz é o silencio.    

 

(A Banca do Livro Espírita)   

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